terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Abandonada Unidade da Fundação Casa Raposo Tavares Coloca Em Risco a Vida de Servidores e Internos

O desgoverno João Dória em seus primeiros 45 dias já demonstra sua falácia e pretensão medíocre de enganar a população do Estado de São Paulo através de suas propagandas. Porém a realidade é outra.

Ontem o blog Gigi Falas Tudo acompanhou  até o complexo Raposo Tavares da Fundação Casa de São Paulo o advogado Dr. Expedito Guilherme, que faz a defesa de servidores em um processo administrativo mais que absurdo.

Os servidores são acusados de ter cometido agressões físicas contra internos de uma das unidades em dezembro do ano passado. Porém, basta apenas uma passada de olhos no PAD para verificar-se que nos exames de IML não se constata uma unica marca de agressão se quer nos internos.

Para o advogado, as acusações contra os servidores faz parte de uma estratégia abusiva e absurda da Fundação para demitir os trabalhadores, ao mesmo tempo que reforça e incentiva os jovens a se rebelarem contra estes, como ocorreu no mês de janeiro no mesmo complexo já sob o comando do novo presidente da fundação Dr. Paulo Dimas Mascaretti, ex desembargador de justiça do TJ/SP.

Aproveitando o episódio de rebelião naquele complexo gerada pela própria corregedoria da instituição que um mês antes afastou diversos servidores com base apenas na fala dos internos e sem provas, na rebelião de janeiro a presidência da fundação enviou diversos jovens maiores de idade para o sistema prisional adulto, deixando a falsa impressão de austeridade contra os infratores prometida pelo governador João Doria.

No entanto a realidade dos servidores e internos daquele complexo é outra. Ambos são vitimas do desgoverno, do marketing politico a da mesma forma medíocre que o governo do PSDB (a 25 anos no poder) tem de jogar sua irresponsabilidade administrativa nas costas dos mais fracos.

Durante nossa permanência na porta de entrada do complexo raposos Tavares (uma vez que fomos impedidos de entrar nas dependências das unidades), diversos servidores nos procuraram para fazer denuncias do abandono total do complexo, abandono esse que coloca em risco a vida e a saúde de servidores e internos.

Começando pela portaria, os vigilantes ficam ali expostos sem as minimas condições de trabalho e de segurança, tendo em vista que não há guaritas blindadas ou protegidas, deixando os trabalhadores a merce do tempo(sol e chuva) e de grupos armados sem qualquer proteção.

Lixeira custou r$ 20.000, 00 reais segundo servidores
Nem mesmo banheiros para que esses profissionais possam fazer suas necessidades fisiológicas, onde presenciamos um dos vigilantes terceirizados ficar por mais de duas horas em uma situação vexatória de aguardar que um outro vigilante fosse liberado para rende-lo e assim poder andar mais de 150 metros para usar o banheiro.

A portaria não conta com portão eletrônico ou fechado, facilitando a qualquer um  render aqueles trabalhadores  e ingressar para dentro das unidades.

Se quer tem bebedouros ou locais adequados para que os vigilantes aqueçam ou guardem seus alimentos, obrigando a eles permanecerem sob sol e chuva o dia inteiro bem como seus alimentos, contrariando assim o que dispõem a legislação trabalhista.

Já na parte de de dentro do complexo o abandono é total, o mato toma conta de todo o complexo, facilitando que bandidos se escondam e ataquem os servidores, caixas de água sem qualquer manutenção ou limpeza coloca em riscos  saúde de servidores e internos, além de estruturas mal conservadas que podem causar riscos a integridade física dos que ali permanecem internados ou trabalhando.

Ratos, baratas, pernilongos e diversos insetos são encontrados em excesso, podendo causar danos a saúde os jovens abrigados e dos servidores.

Gilberto Braw e o servidor e liderança do complexo valdir
Até cobras tem sido encontradas passeando livremente dentro da lavanderia, o que deveria acender um sinal de alerta na administração, porém esta nada faz a não ser discursos vazios e sem qualquer ação.

O mais curioso é que uma das lixeiras fotografadas e em péssimo estado, segundo apurou o Gigi junto aos servidores, custou R$ 20.000,00 reais, porém ao mostrarmos a foto para diversos pedreiros experientes, o orçamento não passaria de R$ 1.000,00 reais com material e  mão de obra.

MP, Defensoria Publica e Direitos Humanos Também são Culpados


Mas esse descalabro e abandono total do complexo Raposos Tavares bem como das demais unidades da Fundação casa de São paulo tem outros responsáveis envolvidos.

O Ministério Publico de São Paulo que mais parece um braço do governo do PSDB ao invés de ser um órgão fiscalizador da sociedade, todas as vezes que vai até o complexo ou unidades, lá aparece apenas para atacar os servidores e apurar se esta havendo agressões físicas contra os internos.

Nos últimos anos, mesmo com unidades desmoronando em cima de internos e servidores como ocorre em Franco da Rocha, o MP estadual nada faz, dando assim aval para que o governo continue a colocar  em risco a vida de todos que permanecem internados ou trabalhando nas unidades da Fundação.

A defensoria publica do estado de são paulo é outro órgão que parece mais estar preocupada com a promoção pessoal de seus defensores do que com a segurança e integridade dos internos, pois usam a todo momento de acusações levianas e absurdas para intimidar os trabalhadores e assim fazer sua auto promoção.

Exemplo disso foi a matéria veiculada pelo SBT em seus telejornais em janeiro deste ano sobre supostas agressões contra internos de uma das unidades do Complexo Raposo Tavares, onde as imagens utilizadas pela emissora e fornecidas pela defensoria mostravam uma unidade modelo T40 e internos supostamente feridos na cabeça com cortes.

Mas o que a emissora talvez  não saiba e claro a defensoria fez questão de não dizer é que as imagens não condizem com a realidade.

As fotos aéreas da unidade mostrada, não são verdadeiras, uma vez que aquelas exibidas são de uma unidade modelo T40 de Osasco, pois ali no complexo não existe unidade deste modelo.

A segunda inverdade é sobre os jovens que tiveram suas fotos divulgadas com a cabeça ferida e marcas nos corpos,  visto que as fotos de jovens supostamente agredidos visivelmente não eram das unidades do complexo Raposo Tavares que usam roupas  ( uniformes) de cores diferentes daqueles que apareceram nas imagens.

Os uniformes dos jovens que aparecem nas imagens são de internos  do Complexo Vila Maria a 60 km da unidade da Raposo Tavares, o que demonstra a má fé e pretensão meritosa da defensoria de usar de mecanismos e imagens inverídicas para assim acusar os servidores e ganhar a opinião publica.


Já os Direitos Humanos, ah! esse tem um papel de incentivar junto com a defensoria publica a desmoralização do corpo funcional da instituição sem nunca denunciar as responsabilidades da gestão ou do governo.

Mas isso tem uma explicação clara, nos últimos anos diversas ONGs ligadas a esses grupos que se dizem de direitos humanos tem assumido cada vez mais tarefas remuneradas dentro da instituição com contratos milionários, na maioria absoluta das vezes os contatos não são cumpridos, como por exemplo o caso da unidade Diadema, onde os servidores concursados reiteradamente vem denunciando o descumprimento do contrato por parte da ONG, no entanto a administração da Fundação e governo do estado nada fazem para coibir esse verdadeiro ralo por onde escoa os recursos públicos, deixando a impressão que ali pode estar funcionando um sistema de caixa 2.

Observe nosso caro navegante que nenhum dos três órgãos (MP, Defensoria ou DH) faz qualquer denuncia sobre o abandono das unidades, péssimo estado de conservação e de segurança que colocam em risco a vida, a saúde e a integridade física dos humanos internados e dos humanos servidores que são na realidade as verdadeiras vitimas de uma politica nefasta de um governo que a mais de 25 anos no poder nada faz para mudar a situação, bem como de entidades e órgãos de fiscalização que estão mais interessados em aparecer na mídia que resolver os problemas dos jovens infratores.

Por Gilberto Braw