terça-feira, 24 de março de 2015

JUSTIÇA PARA OS INJUSTIÇADOS DO X EXAME DA OAB

      Jornal Língua Afiada

                               

        JUSTIÇA PARA OS INJUSTIÇADOS DO X EXAME DA OAB


O X Exame de Ordem aplicado pela oab, deixa suas marcas até hoje. No meio acadêmico, entre juristas e  bacharéis, dos mais antigos aos recém  formados em direito, o X exame se tornou um mito e um simbolo de luta daqueles que sonham coma famosa "carteirinha" da oab.

Pode se dizer até, que o X exame se tornou um marco na luta daqueles que combatem o exame de ordem, uma vez que, desnudou os bastidores de um exame que teria como objetivo avaliar os bacharéis, mas acabou se transformando em um show de autoritarismo, vaidades, lagrimas e dor.
O X exame escarneceu ao mundo jurídico, politico e acadêmico a outra face da oab, uma face que além de assustadora, se mostra extremamente perversa, retirando de milhões de brasileiros o sonho de exercer a profissão de advogado.

A sessão de horrores deste famigerado exame começou já na 1ª fase, as questões alternativas apresentavam problemas de elaboração. dificultando aos candidatos chegar a conclusão de uma resposta correta. Porém, os erros da 1ª fase não chegaram nem perto da lambança feita pela banca examinadora na 2ª fase, com questões que chegavam a apresentar até 6 teses diferentes, ou, respostas que não condiziam com o teor da questão.

Em Direito do Trabalho, o enunciado não forneceu elementos suficientes para que os candidatos pudessem desenvolver um raciocínio lógico, além de deixar margem para a propositura de mais de um tipo de peça " Consignação em pagamento", " Reclamação Trabalhista" ou ainda " Reclamação com Consignação".

Em direito tributário, o certame foi alvo da maioria absoluta dos professores e juristas da área, chegando a banca  aceitar até 6 tipos de teses diferentes. O mesmo ocorreu em direito administrativo, que mobilizou professores renomados em defesa de seus alunos. Em direito penal o enunciado  virou piada nas redes sociais e até hoje,  a oab não explica onde está o carro da Jane, levando o renomado Jurista e ex- conselheiro da oab  Prof. Cezar Bitencourt a travar uma das maiores cruzadas em defesa de seus alunos. Lembrando que em penal, a oab encontrou apenas um jurista que defendeu sua tese.

Privilégios para uns, descumprimento do edital para outros


Diante desta tragédia, alguns candidatos foram beneficiados pela lambança da banca examinadora. Foi o que aconteceu com os examinandos de civil, que já de cara sairão na frente com 2,5 pontos com a anulação de 2 questões, além da forma de correção da peça ser  muito mais benéfica, onde o candidato apenas com o endereçamento da peça e qualificação das partes já saia com mais 2 pontos, enquanto para as demais matérias estes itens não chegavam a 0,50 pontos.
Durante as manifestações dos injustiçados do X exame, surgiram inclusive nas redes sociais rumores de que tal forma de pontuação foi proposital para beneficiar pessoas ligadas ao escritório do presidente do exame a época.

Não satisfeita com a lambança, a  oab não aplicou o principio da isonomia descrita no item 5.1 do edital que determinava em caso de anulação de qualquer questão os pontos seriam computados a todos os candidatos sem distinção, mesmo aqueles que não interpusessem recurso, o que gerou uma revolta ainda maior nos examinando e  provocando um enxurrada de ações e manifestações por todo Brasil.

A atitude da oab em não aplicar a isonomia prevista no edital, só reforçou a tese dos que combatem o exame de ordem, afinal como explicar que os examinando de direito civil foram avaliados  sendo que já sairão na frente com quase 5 pontos, sendo necessário 6 pontos para a aprovação, enquanto os demais, além de não terem o direito a isonomia respeitado, ainda tiveram problemas grosseiros nos enunciados e nas questões elaboradas pela banca.

Greve de fome, denuncia de fraude e CPI marcaram x exame da oab


Diante da postura truculenta da oab, bacharéis de todo Brasil começaram a se mobilizar e realizaram uma manifestação no dia 05.08.2013 na porta do conselho federal da oab em Brasilia, na esperança que os conselheiros reconhecessem os erros e reconsiderassem a posição da banca.

No entanto, o que se viu foi uma postura truculenta da instituição, patrocinando um show de vaidades de  desrespeito aos examinandos e ao direito, com cenas absurdas como a de um conselheiro que saiu chamando os manifestantes de vagabundos.

Enfurecido com o desrespeito e humilhação, um examinando de São Paulo resolveu fazer greve de fome em frente do conselho federal, sendo dias depois acompanhado por outro, gerando uma mobilização e uma união dos bacharéis nunca vista anteriormente. 

A oab sofreu um desgaste desnecessário,  e a partir dali, um dossiê com mais de mil documentos foi elaborado, um pedido de CPI foi requerido, sessões na comissão de direitos humanos da câmara federal foram realizadas, videos da reunião do pleno foram divulgados provando que os recursos previstos no edital não eram analisados e  uma enxurrada de denuncias, entre elas que não era a FGV que aplicava a prova mas outra empresa terceirizada por ela, onde os examinadores  não tinham se quer o ensino médio.

Iniciou-se uma campanha para que a oab explicasse onde e como gasta os R$ 75 milhões arrecadados anualmente com os exames, além de alguns projetos de lei que visam exterminar com o exame ou que este passe a ser aplicado pelo MEC.

Ao ver as redes sociais carregadas de denuncias, a mobilização gigantesca dos bacharéis que mantinham financeiramente o acampamento tornando este em uma vitrine nacional, e o numero crescente de  estudantes, juristas, professores, bacharéis do Brasil inteiro que vinham apoiar os acampados, a oab resolveu tomar algumas medidas para amenizar a situação, entre elas, divulgar antecipadamente a cada exame o nome da banca, a repescagem e rever alguns recursos que culminaram com a aprovação de alguns candidatos. 

 Bacharel injustiçado prova sua capacidade de advogado


Dentro deste quadro de injustiçados, estava  Luiz Antonio dos Santos, mais conhecido por todos nas redes sociais como Luiz Luiz, 46 anos,  mineiro de Ituiutaba, o terceiro filho de oito irmãos, formado em filosofia, mora atualmente São Paulo, trabalhava na Policia Militar para pagar o curso de direito na faculdade Mario Shenberg em Cotia - SP.

Luiz prestou o exame de ordem 3 vezes e, em todas foi para a segunda fase, apaixonado por direito penal, adepto fervoroso do doutrinador Dr. Cesar Bitencourt, como muitos foi eliminado na segunda fase do x exame na área que ele mais conhece, em função da tese de desclassificação.

Luiz, junto com vários outros bacharéis indignados com a injustiça montaram um grupo no facebook chamado anula penal. Começaram a organizar os examinandos da área e  sob a condução do mestre Bitencourt como ele costuma chamar, organizarão inúmeras ações judiciais contra o famigerado exame, defendendo na integra aquilo que na prática o reprovara no exame.

Aprovado no XII exame de ordem,  Dr. Luiz não abandonou a luta, ao contrário, passou a ajudar aqueles que não obtiveram exito. Já como advogado, mostrou na prática a sua capacidade que  muitas vezes foi negada pela oab através de seus exames.
Dr. Luiz é um dos patronos de diversas ações movida pelos examinandos do X exame contra a oab, colhendo na ultima semana um fruto que para ele e para os demais tem sabor de vitória. A 8ª Turma do TRF da 1ª Região anulou a questão da prova prático profissional de penal do X exame por entender que ouve imprecisão no enunciado, além de apontar erro grosseiro de ordem geográfica que induziu os candidatos a erro.

O Jornal Língua Afiada, fez questão de entrevistar Dr. Luiz sobre essa grande conquista, que mesmo  de longe, deixa nos injustiçados  do X Exame um gostinho de vitória.

JLA: Quanto tempo é formado, quantas vezes você prestou o exame de ordem e quantas vezes fez a 2ª fase?
Luiz: Sou formado desde 2012, prestei o exame 3 vezes e todas fui para a segunda fase.

JLA: Você fez o X exame em que área e porque foi reprovado?
Luiz: Fui reprovado no  x exame por causa de um erro grosseiro na aplicação da prova prática de penal.

JLA: Por quantos pontos você foi reprovado no X exame?
Luiz: Fui reprovado por 0,5 décimos, em função da tese de desclassificação e do enunciado contraditório da questão.

JLA: Você ingressou com ação contra o resultado da prova?

Luiz: Sim como bacharel - o professor Cezar Bitencourt ajuizou ações no DF as quais ajudei, e depois como advogado, após ser aprovado no XII exame e  ter conhecimento da ação de anulação da referida tese pelo TRF 4- em MS - Apelação Civel nº  502126938201340472/SC, que transitou em julgado. Desta forma, resolvemos entrar com ações para fazer a oab cumprir seu edital pelo principio da isonomia, dando a pontuação aos outros candidatos, primeiro aconselhei o pessoal a pedir esta pontuação na via administrativa, o que negaram, ou seja, a oab negou em dar esta pontuação aos demais, em cumprimento ao edital que diz, no caso de anulação de qualquer parte da prova a pontuação segue a todos os examinandos independente de se interpor recursos, mas eles se negaram a cumprir este edital publicado pela própria oab.

JLA: Você é patrono de alguma destas ações?
Luiz: Sim sou patrono de algumas ações pelo Brasil, e também em vários estados o mestre Cezar Bitencourt está como patrono, e onde assino como advogado com ele.

JLA: O que você acha das denuncias reiteradas feitas pelos bacharéis contra o exame da oab?
Luiz: As denuncias são graves, o pessoal que dirige a oab deveria ter mais cuidado e atenção, para não cair em descrédito, não custava nada eles reconhecerem que estavam errados e anularem a peça prática, pois esta está contaminada pelo erro grosseiro, elaborada pela FGV, que deveria ser uma instituição séria de ensino.

JLA: qual sua sugestão para resolver estes reiterados problemas com o exame de ordem?
Luiz: Que deixem nas mãos do MEC para a elaboração da prova, como acontece com o ENEM.

JLA: você hoje tem seu próprio escritório?

JLA: qual a mensagem que você deixa para os injustiçados dos exames de ordem?
Luiz: Que continuem lutando pelos seus direitos, pois aquele que luta, consegue, siga acreditando com fé, e avante. Continue fazendo  a prova, e não deixe de acreditar que o judiciário é capaz de resolver o conflito, e que a justiça pode até demorar, mas não falha.

Por: Gilberto Braw

segunda-feira, 23 de março de 2015

HOSPITAL GERAL DE GUAIANASES SERVIDORES FAZEM ASSEMBLÉIA NESTA QUARTA FEIRA

            Jornal Lingua Afiada


            Hospital Geral de Guaianases: 



 Funcionários Marcam Assembléia e Denunciam Terceirização 



Neste sábado 21.03, servidores do Hospital Geral de Guaianases - " Jesus Rocha Teixeira", ligado a Secretária Estadual de Saúde de São Paulo, realizaram uma reunião que, além dos servidores, contou com a participação dos dirigentes do sindicato da categoria profissional SINDSAÚDE-SP. Cleonice Ferreira Ribeiro ( Vice Presidente), José Julim Maia ( tesoureiro), Valéria Fernandes ( Diretora Regional Leste), do advogado responsável pelo Depto. Jurídico do Sindicato e também do assessor do Ex Deputado Antonio Mentor que vem acompanhando de perto as denuncias realizadas pelos trabalhadores.

O jornal Língua Afiada acompanhou e gravou a reunião que iniciou com ânimos um pouco acirrados, os trabalhadores cobraram uma posição mais ofensiva do sindicato para coibir os abusos que vem sendo cometidos reiteradamente pelas chefias nos locais de trabalho.

Por sua vez, os diretores do Sindsaúde, esclareceram que várias ações do Sindicato vem sendo implementadas, entre elas, a representação feita pela entidade sindical junto ao Ministério publico do Trabalho que acompanha as denuncias, inclusive com visita do próprio MP obrigando a Direção do Hospital a realizar reuniões com os servidores para inibir o Assédio Moral e os Abusos das chefias.

O advogado do Sindicato, explanou aos servidores os encaminhamentos realizados na esfera judicial e administrativa, e esclareceu aos servidores dos riscos que corre o servidor em realizar denuncias individuais para órgãos externos sem que percorra primeiro os caminhos legais internos.

Para elucidar e instruir os servidores a produzirem provas para eventuais processos administrativos ou judiciais, foi distribuído uma cartilha que contem várias orientações, além de contar com modelos de requerimentos e denuncias que podem ser feitos pelos servidores para as  chefias, direção do hospital e secretária de saúde entre outros, contendo a  legislação pertinente que obriga as chefias e demais superiores hierárquicos ao recebimento destas. (  VIdeo Vice Presidente do SindSaúde - SP  )

Após debaterem profundamente as questões que atingem diretamente a categoria, sindicato e trabalhadores reconheceram a necessidade de ter uma postura mais ofensiva contra os abusos cometidos pelas chefias e alguns encaminhamentos foram tirados, entre eles o Sindicato irá comunicar o Ministério Publico do Trabalho sobre o descumprimento por parte da Direção do Hospital das exigências feitas pelo MPT, onde  será juntada a denuncia feita pelo Deputado Antonio Mentor ao próprio MPT. Será realizada uma Assembléia Geral na quarta feira 25.03 as 15:00 horas na porta do Hospital ( poderá ser no anfiteatro dependendo da autorização da direção do hospital), onde os trabalhadores se reunirão.

Por sua vez, os trabalhadores presentes na reunião se comprometeram a convocar  e informar a todos os demais servidores para que se mobilizem e participem em peso da assembléia, para demonstrará a força dos servidores e a insatisfação de todos com a situação critica por qual passam.

Para a auxiliar de enfermagem M, que pediu para não ser identificada, a mobilização de todos é fundamental para mostrar a direção a nossa insatisfação e os riscos que estamos correndo na nossa profissão. " Se depender de mim vou chamar todos os colegas de trabalho para estarem lá na assembléia. Não adianta ficar criticando o sindicato se nós não fizermos nossa parte, o sindicato somos cada um de nós e vamos dar um basta nesse abuso das chefias,  não vamos mais ficar quietos e sofrer calados" Disse M.

Já para o Auxiliar de enfermagem P, apesar do medo de retaliação a categoria esta se unindo e com certeza a participarão em peso."Trabalho aqui a mais de 10 anos, nunca vi os servidores se unirem tanto como estão se unindo desta vez. Isso deixa claro que o abuso das chefias e as péssimas condições de trabalho chegaram no seu limite máximo e ninguém esta mais agurentando, se for preciso parar nós iremos parar." Disse P.

O  Jornal Língua Afiada, foi a porta do hospital e ouviu algumas  servidoras que não puderam participar da reunião por estarem de plantão. Quando perguntadas se adeririam a paralisação caso fosse decretada todas foram unanimes em afirmar que sim, demonstrando a insatisfação dos servidores.

Negligência de Chefias, Colocam em Risco a Vida de Pacientes 


Conforme já denunciado aqui pelo Língua Afiada, o abuso de autoridade e autoritarismo das chefias alem de adoecer o servidor, coloca em risco a vida dos pacientes. Os servidores são proibidos de se deslocarem para outros setores e buscarem medicamentos que estejam em falta no seu setor, atrasando em muito os horários de medicação dos pacientes.

Ouvida pelo Língua Afiada, uma servidora relatou indignada uma ocorrência presenciada por ela no dia 18.03 no setor de pediatria, onde haviam 14 crianças para apenas 2 auxiliares de enfermagem.

A servidora disse que neste dia a supervisora de enfermagem, chegou com um paciente de 28 anos, com fratura de braço e dormindo. Determinou que ele ficasse ali no setor pediátrico. Ocorre que além do setor ser destinado apenas a crianças, o referido paciente adulto era portador de distúrbios de comportamento, fazendo uso de medicamentos psicotrópicos, como carbamazepina, etoperidona e fenergan, medicamentos controlados ministrados para pacientes com distúrbio psicológicos.

 Mesmo sendo contestada pelas auxiliares de enfermagem sobre o risco de manter aquele paciente adulto ali e do risco que este poderia causar as crianças, a supervisora impôs sua vontade alegando que o hospital estava cheio.

Durante o plantão noturno, o paciente acordou e começou a apresentar problemas de transtorno e passou a entrar nos quartos alisando e apertando as crianças,  fazendo gestos obscenos e convidando algumas mães a e entrarem com ele no banheiro, sendo posteriormente retirado do setor.

A atitude da supervisora colocou a integridade física de crianças adoecidas e indefesas em risco, ferindo os preceitos do estatuto da criança e do adolescente. "Poderia o  paciente com distúrbios mentais, ter  um acesso de loucura  e agredir as crianças e as  mães, o que é um absurdo". Disse a servidora indignada.

Outra auxiliar de enfermagem relatou  estar fazendo tratamento médico para depressão profunda em função do assédio moral sofrido, fazendo uso de medicamentos controlados que causam sonolência e esquecimento. Mesmo tendo mostrado a sua chefia os laudos médicos que demonstram sua condição física e psíquica, a chefia insiste em coloca-la em um setor  considerado um dos mais pesados e, exige dos auxiliares de enfermagem uma atenção redobrada.

E as denuncias não param por ai, outra auxiliar de enfermagem falou ao Língua Afiada que mesmo com a falta gritante de servidores, o que obriga os profissionais de enfermagem á atender até 3 vezes o numero de pacientes recomendado pelo COREN, as chefias no intuito de puni-la e persegui-la, colocaram ela no rodapé da escala de trabalho, impedindo que esta possa executar horas extraordinárias, jogando ela nos setores com maior dificuldade como punição.


Servidores Denunciam Negligência do Hospital


Na reunião anterior dos servidores do Hospital Geral de Guaianases, ocorrida no dia 28.02, o Deputado Antonio Mentor já tinha recebido denuncias que após a contratação de uma empresa prestadora de serviços médicos, o numero de ocorrência, denuncias de erro médico e negligência havia aumentado muito. 

Foi citado inclusive reportagens feitas pela Rede Record de Televisão( http://noticias.r7.com/balanco-geral/videos/bebe-tem-clavicula-quebrada-durante-parto-hospital-de-guaianases-e-alvo-de-reclamacoes-15012015), sobre o numero de boletins de ocorrência registrado contra o Hospital nos últimos meses.

Os servidores disseram que a ANAN SERVIÇOS MÉDICOS, foi contratada desde janeiro para prestar serviço de atendimento médico no hospital, sendo que os médicos que atendem no PS, em sua maioria, segundo os servidores, são contratados por esta empresa.

Suspeitam os servidores que a referida empresa tenha alguma relação com  cargos de confiança do próprio hospital, se confirmado a denuncia causaria sérios problemas administrativos.  Os servidores denunciam a falta de experiência de muitos dos médicos por ela contratada, o que acaba gerando erros na hora de receitarem  e indicarem a forma de  serem ministrados  medicamentos aos pacientes.

Segundo alguns auxiliares de enfermagem, não são raras as vezes que os próprios auxiliares pela experiência de anos de trabalho, são obrigados a se dirigirem a sala do médico e contestar o receituário ou a forma de aplicação.

Uma auxiliar de enfermagem nos contou que durante seu plantão, na salá de medicação, uma criança chegou para ser medicada  e a médica havia indicado uma injeção EV ( na veia) de um xarope, que só poderia ser ministrado via oral. Outra criança,  chegou para ser medicada, mas a quantidade de remédio a ser aplicada  era muito superior a  máxima permitida. 

Outra auxiliar de enfermagem disse estar extremamente preocupada, em um de seus seu plantões um paciente chegou para ser medicado com Voltarem EV ( na veia), porém esse tipo de medicamento só pode ser aplicada IM ( intra muscular). A outro paciente foi receitado  benzetacil EV ( na veia), quando este tipo de medicamento só pode ser aplicada IM ( Intra Muscular). " A gente chega e questiona o médico, ele só faz agradecer e pedir desculpas. A sorte do paciente é que tenho mais de 20 anos de profissão. Se é uma auxiliar de enfermagem recém formada sem experiência nenhuma, o paciente ta ferrado, morre e a culpa vai cair sobre a auxiliar de enfermagem" Disse ela.

Uma outra auxiliar de enfermagem disse que acompanhava uma médica que não sabia se quer fazer a colheita de sangue femural, precisando deslocar um outro médico de setor para fazer tal coleta, e ainda, uma outra que receitou uma injeção de um medicamento que só existe em comprimido. 

Ao questionarmos as auxiliares se elas relataram isso as supervisoras, afirmaram que sim, mas que não adianta nada, as denuncias nunca chegam no diretor. Disseram as auxiliares  que já ligaram várias vezes para o COREN, mas que o órgão não toma nenhuma providência.

As denuncias são gravíssimas e serão objeto de um acompanhamento especial pelo Jornal Língua Afiada, não pode um hospital publico, estar passando por condições tão complicadas como estas.

Por :Gilberto Braw

quarta-feira, 18 de março de 2015

FUNCIONÁRIOS SOFREM COM ASSÉDIO MORAL E HUMILHAÇÕES NO HOSPITAL GERAL DE GUAINASES DENUNCIA DEPUTADO

                                    Jornal Língua Afiada

Funcionários do Hospital Geral de Guaianases Sofrem Assédio Moral e Abuso de Poder Denuncia Deputado


Na quinta feira 13 de março, o Deputado Estadual Antonio Mentor PT/SP, ingressou com denuncia junto ao Ministério Publico do Trabalho da 2ª Região contra abusos cometidos por chefias diretas e cargos  de confiança do Hospital Geral de Guainases - " Jesus Teixeira Costa", Hospital ligado a Secretária de Estado da Saúde de São Paulo.

O Deputado Enviou ainda documento ao Secretário de Saúde do Estado  Dr. David Uip e para o Diretor do Hospital Geral Dr. Jorge Farah, requerendo providências urgentes para mudar a situação caótica e constrangedora por qual passam os servidores.

A denuncia do Deputado Antonio Mentor, foi motivada por uma série de reclamações recebidas em seu gabinete, onde, diversos funcionários manifestarão sofrer Assédio Moral de seus superiores hierárquicos.

Por ser autor da Lei Estadual 12.250 que pune o assédio moral na Administração Pública Estadual Direta, Indireta e Fundações Públicas, o parlamentar buscou ouvir os servidores em uma reunião organizada por seu gabinete. O  resultado da reunião deixou Mentor extremamente preocupado, motivando ele a levar as denuncias ao conhecimento do Ministério Publico do Trabalho.
Segundo Mentor, os relatos dos funcionários dão conta que a maioria das chefias diretas, em especial a diretora de enfermagem Anailde P. C. Olivetto e a Diretora de Internação Laura A. R. de Araujo, cometem de forma reiterada  contra os funcionários abuso de poder, assédio moral, perseguição, humilhação e violação da intimidade pessoal, chegando quase  a agressão física.

Os servidores denunciaram que estas diretoras junto com algumas chefias, constantemente gritam com os funcionários na frente de  pacientes, fazem ameaças de demissão, criam uma espécie de tribunal de humilhação e coação, onde, ficam duas ou mais chefias inquirindo e ameaçando os funcionários ali intimados. "Na maioria das vezes o servidor sai tão abalado desse tribunal que se quer tem condições de atender os pacientes, o que coloca ambos em situação critica." Disse uma funcionária que não quis se identificar.
Não bastasse isso, as chefias coagem os funcionários a assinar avaliações com rebaixamento sem qualquer explicação legal e plausível, além de gerar um clima de terror e medo junto aos servidores e pacientes.

O abuso de poder e de hierárquica chegou a tal ponto que as chefias fazem revistas em bolsas e armários sem que o servidor esteja presente, violando a intimidade dos servidores e causando um constrangimento pessoal e moral,  colocando a segurança deles em risco, podendo qualquer pessoa colocar ou retirar objetos junto aos seus pertences.

Servidores Adoecem em Função do Assédio e das Práticas Abusivas das Chefias.

O Deputado Antonio Mentor constatou, que os servidores estão extremamente adoecidos em função do abuso de poder e do assédio moral: " Verificamos que a maioria são servidores em  idade avançada, muitos próximos de se aposentar, a maioria absoluta apresenta um quadro de depressão aguda, gerando problemas de insonia, dor de cabeça, pressão alta, pelo medo e pavor de terem de trabalhar ali, em condições que por si só já são extremamente desgastante. Agora Imagina, uma pessoa dessa ser submetida a essa sessão de horrores quase todos os dias, isso é inadmissível no setor publico ainda mais se tratando de um estabelecimento publico de saúde." Disse Mentor.
Para o advogado João Batista Alves Gomes que esta acompanhando vários servidores, esta situação criada pelas chefias no ambiente de trabalho, tais como o abuso de poder e o assédio moral, tem sido alvo de medidas severas por parte do judiciário, com condenações do empregador a ressarcir financeiramente as vitimas, dependendo do caso pode ter até desdobramentos na esfera criminal.

" A Constituição Federal de 88, prevê entre os direitos sociais do trabalho a busca da dignidade da pessoa humana, devendo o trabalho trazer  orgulho ao trabalhador e não medo. Da mesma forma, o código civil prevê que aquele que der causa ao dano deve repara-lo, nesta ótica se o empregador no caso o Estado, não toma as providências  necessárias para evitar o dano causado a integridade física, psíquica e moral de seus servidores, com certeza em uma ação de reparação de danos morais e matérias sera  compelido a ressarcir tais prejuízos sofridos pelos servidores." Disse João Batista.

Pacientes Correm Riscos de Vida

Em sua denuncia, Mentor aponta risco a integridade física e a vida dos pacientes, uma vez que, na falta de medicamentos no andar os profissionais de enfermagem são proibidos de se deslocarem para outros setores para buscar os remédios, gerando  muitas vezes atraso nos horários em que tais medicamentos devem ser ministrado aos doentes, o que acaba influenciando na recuperação do paciente e em alguns casos até risco de morte.

"Ouvimos relatos de servidores que chegaram a ser humilhados ao serem retirados do setor ou andar, pelos seguranças que foram acionados pelas chefias sob gritos e ameaças extremamente constrangedoras. Isso é absurdo, o servidor passar por uma situação vexatória destas por estar cumprindo corretamente sua função, chega a ser ridículo." Disse mentor.

As ofensas pessoais a servidores com xingamentos desonrosos, levou uma auxiliar de enfermagem a registrar um boletim de ocorrência contra uma das chefias, em contrapartida para se vingar, a chefia por sua vez teria forjado um outro B.O contra a funcionária alegando que esta a teria agredido fisicamente.

Servidores Revoltados Com a Situação se Organizam 

Os servidores do Hospital geral de Guainases, revoltados com tantos abusos, resolveram se organizar e além de denunciar as arbitrariedades ao deputado, vão fazer um abaixo assinado e nova reunião com a assessoria e advogado do parlamentar já esta marcada para este sábado as 15 horas, na Av. Brasil, 2115 próximo a estação de trem de Ferraz de Vasconcelos.

Nesta reunião os servidores juntos com jurídico, assessoria e sindicato vão traçar os rumos do movimento e cogitam até em paralisarem suas atividades. Os servidores fizeram questão de esclarecer que o diretor do Hospital Dr. Jorge Farah é um excelente diretor e com certeza não teria conhecimento de tais acontecimentos, pois os servidores são impedidos pelas chefias de informa-lo de tais fatos.

Procurado pelo Jornal Língua Afiada, o diretor não quis se manifestar. O Secretário Estadual de Saúde David UIP, foi contatado através de sua assessoria de imprensa, porém não manifestou quais as providencias seriam tomadas.

Já Hélcio Aparecido Marcelino  Presidente da Federação dos Trabalhadores em Seguridade Social - FETSS, que também é diretor do SindSaúde, sindicato que representa a categoria, disse que este hospital há muito tempo vem apresentando este tipo de situação, mesmo mudando o diretor do hospital as chefias foram mantidas e permanecendo o problema. Marcelino afirmou que o sindicato e a federação estão em apoio aos servidores e destacaram uma diretora para fazer o acompanhamento do movimento dos trabalhadores, devendo inclusive participar da próxima reunião.

Por: Gilberto Braw.