Hoje tivemos a maior assembleia que essa categoria já viu. Cerca de
1200 funcionários de diversas áreas da Fundação Casa estavam lá para que
em regime de votação, se aceitavam o plano da Fundação ou se não
aceitavam e decretavam greve.
Eu estava lá e omiti minha opinião
somente no local, e minha voz era GREVE, porém estava apto a aceitar o
que a maioria votasse. Mas infelizmente o que se viu foi uma manipulação
da votação. O nosso presidente do sindicato simplesmente ignorou a
maioria e como estava com o microfone disse que era não a greve e sim a
aceitação da proposta da Fundação. Ele não repetiu a votação e mesmo
sobre veementes protestos não dividiu os votantes por lado, pois era
evidente que o lado da greve estava pelo menos em 70% e quem não queria
greve e aceitava a proposta estava em 30%.
Convenhamos companheiros,
todo o processo foi de uma infelicidade total. O plano em si é um
esculacho. Tinha o comprometimento do secretário de estado que não se
cumpriu depois o plano foi apresentado de uma forma esdrúxula para
ninguém entender, ai tivemos a audição na Assembleia dos deputados
estaduais, onde a categoria mostrou uma articulação e força nunca antes
alcançadas, assustando o governo do estado. Depois houve a assembleia
que o sindicato tentou explicar o plano e induzir a categoria a aceitar
bovinamente o plano. O sindicato viu que a categoria estava fechada e o
presidente foi obrigado a decretar estado de greve. Daí foi uma correria
para a Berenice em Videoconferência, em reunião com gestores de Centro e
destaques no portal da Fundação para explicar o plano. Particularmente
acho que um plano para uma categoria de 12 mil funcionários que não é
rapidamente entendida é porque pode se querer confundir de propósito.
Bem, na calada da noite de sexta feira a Fundação da uma letrinha para o
pessoal do administrativo e operacional, deixando de lado os técnicos e
enfermagem e mais nada para os socioeducativos.
A Assembleia de
hoje já começou de uma maneira estranha porque diferente da semana
passada foi votado a hora para terminar, indicando que havia uma
tendência, todo mundo que ia falar a favor da greve tinha dificuldades
para falar e o mais impressionante foi na hora da principal votação
aconteceu um fenômeno. Nitidamente levantaram a mão muito mais pessoas
contrarias ao plano e a favor da greve, mas reconheço que muita gente
aderiu ao plano. Porém de forma estranha o Presidente do Sindicato não
fez contagem e não repetiu a votação, mesmo quando indignados
funcionários subiram ao palco e orientaram aos que não aceitaram o plano
fossem para o lado esquerdo do galpão e ficou evidente que a maioria,
pelo menos uns 70% queria a greve.
Para finalizar o presidente agradeceu e encerrou a assembleia decretando a aceitação do plano pela categoria.
Sendo objetivo, o que foi supostamente aprovado não foi tão ruim,
apesar de não haver efetivamente reenquadramento, subida automática de
nível ou mesmo um reajuste que realmente suprisse nossas necessidades
era o que tinha para hoje, considerando o governo que temos e a diretriz
da Fundação perante o trabalhador, mas NÃO foi que a categoria de fato
decidiu. Infelizmente essa postura foi o enterro político dos dirigentes
do sindicato. Talvez só se salvem se a fala do plano de continuação da
negociação evolua e se concretize antes do próximo ano.
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