quinta-feira, 23 de março de 2017

Coronel do Caso Eloá Coloca Trabalhador da Fundação Casa em Risco o Jeito Alckmin de Governar

Comandantes Adriano Giovanni (esq.) e Dipieri (dir.) e col. Felix (centro) durante coletiva
Foto: robson ventura/ folha Imagen

Em 13 outubro de 2008, o Brasil ficou colado na tela da tv acompanhando o desfecho de um sequestro que tinha tudo para terminar com a libertação das reféns e a prisão do sequestrador, porém um erro grotesco do comando da operação ceifou a vida de uma das reféns, deixando outra gravemente ferida.


O sequestro de Eloá, de 15 anos, durou 5 dias. Ela era mantida refém pelo ex-namorado, Lindemberg Alves, de 22 anos, dentro do apartamento onde morava com os pais, no CDHU no Jardim Santo André, em Santo André, no ABC paulista. Nayara, amiga da menina que havia sido libertada um dia depois, voltou ao apartamento na manhã do dia 17 e também novamente foi mantida refém por Lindemberg.


"Houve erros flagrantes. A reintrodução de uma das vítimas no local de seqüestro, que pelo padrão internacional de polícia é inadmissível. Tivemos uma tentativa de invasão, que demorou alguns segundos, que deveria ter sido uma operação múltipla. No mínimo ter alguém entrando pela janela. Pelas cenas que tivemos nos vídeos, houve dificuldades de mobilização do criminoso e há técnicas internacionais em que de três a quatro policiais se mobilizam imediatamente"disse o secretário nacional de segurança publica Ricardo Balestreri.


Mas nosso caro internauta deve estar se perguntando,  o que tem a ver o caso Eloá com a Fundação Casa?

A resposta ao nosso navegante é Tudo, pois, um dos coronéis que estava a frente do comando da operação desastrosa que ceifou a vida de Eloá, Flavio Jair Dipieri,  é o mesmo que hoje comanda o setor de segurança e recambio da Fundação Casa de São Paulo e, por coincidência, também vem colocando a vida de servidores daquele setor em risco.

Conforme já publicado pelo Gigi Fala Tudo, por determinação deste coronel (que agora comanda o setor de segurança da FC), os servidores do G.A.P (choquinho), são obrigados a sair para fazer escoltas sem os equipamentos de proteção individual, o que os coloca ainda mais em risco de vida, uma vez que o papel de fazer estes acompanhamento em fórum e saídas externas não é de competência deste grupo, que é especializado apenas em intervenções de rebeliões.


Mandar estes profissionais para fazer escolta de menores em PS, velórios, e fórum, já é por si só colocar a vida deles em risco, quanto mais sem os equipamentos de proteção individual, ai é facilitar demais para o bandido abater o servidor como se abate um passarinho com um míssil.

Longe de nosso blog querer acusar o nobre coronel dos graves erros cometidos na operação do caso Eloá, visto que a tensão das negociações, o longo tempo de duração do sequestro, logicamente pode levar o ser humano a erro.

No entanto, é inadmissível o erro grotesco ser repetido pelo nobre patenteado da FC, ao colocar a vida de pais de família em risco, por capricho ou falta de conhecimento do sistema.

Mais absurdo que mandar os servidores do GAP para a guilhotina sem equipamento de proteção, é o que ele vem fazendo com servidores do recambio.

Em uma atitude autoritária e abusiva, Dipieri transferiu dois servidores deste setor para que fossem prestar serviços dentro de unidades (patio).

Essa atitude de mandar um servidor do recambio para dentro dos pátios da FC  para ser morto pelos internos, não é de um coronel da Policia Militar, mas como diria o capitão Nascimento da Tropa de Elite é de um " fanfarrão".

É cediço por qualquer trabalhador do sistema, que os servidores do setor de Recâmbio e do GAP são odiados pelos internos infratores da instituição.

Este ódio mortal se dá pelo fato de ser o GAP quem faz as intervenções nas rebeliões, e o Recâmbio que além de fazer as transferências e comarcas, muitas vezes atua em rebeliões nas unidades distantes onde não tenha o grupo do GAP.

Um dos casos mais graves desta transferência absurda, é o caso do servidor Jiuliano Lavor Neris, transferido de forma abusiva e arbitrária para trabalhar no pátio da unidade de Santo André.

A segurança do servidor esta tão fragilizada e em risco, que seus próprios companheiros de trabalho nos ligaram para denunciar o abalo emocional e psicológico que Jiuliano se encontra.

Após sua transferência e risco de morte, Jiuliano vem apresentando segundo seus colegas transtornos psicológicos e abalo emocional, ele por diversas vezes foi surpreendido por companheiros chorando depois de ser ameaçado de morte por internos.

Mesmo com acompanhamento médico, em função do stress provocado pela transferência, o medo de ser vitimado dentro da unidade, Jiuliano vem apresentando dores fortes no corpo, além de insonia, distúrbios noturnos e medo de sair a rua e ser assassinado, relatou sua esposa Carolina Pino Lopes de Amorim, 36 anos.

Carolina relatou ao Gigi Fala Tudo, que a uma semana Jiuliano quase a enforcou durante o sono. 

"Estávamos dormindo, ele começou a sonhar que estava no meio da rebelião e os adolescentes tentavam esfaquear ele. Ele passou o braço em meu pescoço e gritava eu vou morrer mas vocês vão junto comigo e começou a me enforcar. Quando consegui me desvencilhar dele, ele acordou assustado e começou a chorar igual a uma criança. Meu marido é um homem bom, não faz mal a uma formiga, mas essa fundação esta matando ele" disparou Carolina aos prantos.

Mas não pense que essa situação vivida na unidade de Santo André é exclusiva desse servidor, o Gigi Fala Tudo descobriu através dos servidores que nos procuraram para relatar a situação de Jiuliano, que outros dois servidores da mesma unidade encontram-se afastados do pátio prestando serviços em outro setor por ordem judicial, visto o risco eminente de morte que os servidores correm naquela unidade.

O mais interessante deste fato, é o desrespeito da direção da FC para com o judiciário, pois várias decisões judiciais contra a FC a impedem de jogar servidores de setores considerados críticos no pátio. No entanto, mesmo sabendo da postura enérgica do judiciário contra esta prática, a direção da FC com apoio do governador Geraldo Alckmin continua colocando a vida dos servidores em risco.

A pergunta que fazemos é: até quando o poder judiciário trabalhista vai aceitar que a direção da FC e o executivo paulista passem por cima de suas decisões judiciais e afrontem o poder judiciário?.

Enquanto a justiça do trabalho não toma uma atitude mais radical contra esses abusos e absurdos, os servidores seguem a rotina do pânico, medo e adoecimento, o que compromete ainda mais a segurança dos servidores e internos.

Por outro lado, a culpa de tudo isso que vem acontecendo dentro da FC é dos próprios servidores, aceitam de forma pacifica todo tipo de abuso cometido pela gestão e pelo sindicato da categoria que, fechado com a administração do PSDB, tenta a todo tempo enganar a categoria sem que esta reaja.

Ao coronel Flavio Jair Dipieri, gostaríamos de saber se fosse ele jogado em meio a uma favela, fardado e sem uma arma para se defender o que ele faria?

Repetimos aqui que, não é nossa intenção manchar a imagem da gloriosa policia militar do estado de são paulo, ou mesmo, imputar ao nobre coronel a responsabilidade da morte da menina Eloá, pois sabemos que em meio a uma situação daquelas e um ambiente tenso, todo ser humano é passível de cometer erros.

No entanto, não nos permite a consciência deixar de cobrar um erro grotesco desse porte por parte do coronel,  com anuência da administração da FC  e do governador do estado, colocam a vida de trabalhadores em risco.

Infelizmente as gestão do PSDB de Alckmin é assim, tudo que dá de errado em outras secretárias é jogado dentro da FC em cargos de confiança, com altos salários e sem conhecer a realidade da instituição, enquanto os servidores massacrados vêem seus direitos serem usurpados e suas vidas colocadas em risco.

Por: Gilberto Braw

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