terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Servidores da Fundação Casa SP se Manifestam Contra a Extinção da Justiça do Trabalho e Apoiam Atos do Sintrajud



A pretensão do Presidente Jair Bolsonaro de extinguir a Justiça do Trabalho encontra resistência entre diversas categorias profissionais que apoiaram sua candidatura.



Entre elas estão os servidores da Fundação Casa de São Paulo, que apesar de terem apoiado em peso o candidato do PSL, são contra a essa medida que consideram absurda.

O repudio dos servidores da Fundação Casa a essa medida tem uma explicação lógica.

Foi a Justiça do Trabalho através do TRT da 2ª região que colocou fim ao limbo jurídico e tortuoso por qual passavam aqueles trabalhadores, apesar de serem concursados, os servidores são contratados em regime celetista, regime este que nunca foi respeitado pela administração e pelo governo do estado.

 "Na hora de nos demitir nos tratava como empregados celetistas comuns, mas na hora de aplicar o reajuste salarial dos dissídios coletivos, Fundação e Governo sempre usavam o argumento de não ser possível pois o ente publico dependia de dotação orçamentária, dessa forma praticava o arrocho salários e retirava os direitos dos servidores", lembra Carlos Buryl Wilson servidor a 18 anos da Fundação.

No entanto essa gratidão tem um outro ingrediente ainda maior, a reintegração dos 1751 servidores demitidos injustamente pelo então presidente da Fundação Casa Alexandre de Moraes em 2005 (atual Min. do STF). 

De forma vil e absurda, Moraes armou um verdadeiro teatro de horrores para manchar a imagem dos servidores da instituição, acusando a todos de touradores e com esse argumento fez a  demissão em massa.

A categoria reagiu de forma surpreendente e conseguiu através do judiciário trabalhista reverter a situação e ainda conquistar a estabilidade de servidor publico que foi reconhecida pelo Regional, TST e posteriormente STF.

O Ex- Presidiense do Sindicato Antonio Gilberto da Silva, mais conhecido como Gilberto Braw (editor chefe deste Blog), organizou junto com a categoria uma luta de resistência jamais vista nos Estado de São Paulo. 

Esse movimento de resistência expôs a sociedade e ao mundo a perversidade e o maquiavelismo do governo Geraldo Alckmin - PSDB/SP.

Com acampamentos e greves de fome em São Paulo, TST e STF, os servidores chamaram a atenção dos desembargadores do TRT - SP, presidido na época pela desembargadora Dra. Dora Vaz Trevino, tendo a frente da sessão de dissidio coletivo os desembargadores Dr. Marcelo Freire, Nelson Nazar, Dr. Pedro Paulo Manus, Dra.Vilma Nogueira (relatora do dissidio de 2005) e Dra. Vania Paranhos (relatora do dissidio 20231/2004)  e Pelo MPT a Dra. Oksana Maria Dziura Boldo, sendo estás duas  ultimas homenageadas pelos servidores em assembléia da categoria que as  declararam "anjos da guarda dos trabalhadores da febem" (atual Fundação Casa).

"Foi o TRT de São Paulo que acabou com a farsa de Alexandre de Moraes e trouxe aos trabalhadores da Fundação (antiga Febem) a dignidade de volta. Além de anular as demissões arbitrárias e nos reintegrar, os juizes reconheceram nossa estabilidade de servidor publico que impede hoje que  o governo  e administração continuem praticando demissões injustas. Sou grato a Justiça do Trabalho, pois todas as vezes que recorremos a ela a justiça imperou." declarou Gerson Dias de Oliveira servidor da FC a  40 Anos.

" Um trabalho sem justiça não  é  trabalho e uma  justiça sem trabalho não é  justiça.  não há como fazer uma dicotomia  de ambos, por isso sou radicalmente contra o fim da JT."
 Leandro  José dos Santos servidor da FC complexo Vila Maria

"O desmonte da justiça do trabalho irá promover ainda mais a precarização do trabalho e proporcionar um regime de escravidão no âmbito do trabalho e emprego. Deixaremos de ter mecanismos onde poderíamos recorrer às nossas petições. Estaríamos desprotegidos dos desmandos e arbitrariedades do patronato" Vagner agente Operacional Fundação Casa.

"Com as infelizes mudanças da C.L.T, onde além de outros danos; um contrato entre patrão e empregado prevalece sobre o legislado, acabar com a JUSTIÇA DO TRABALHO é decretar de vez a escravidão no país".Euclides Assis da Cunha servidor Fundação Casa Aposentado.

"Caso seja extinto o ministério do trabalho ou a justiça do trabalho, os trabalhadores ficarão expostos a todo tipo sorte ou desmando das relações de trabalho entre empregados e empregadores por isso sou totalmente contra" Osmar Crespo Motorista Gtrans Fundação Casa.

"Sou contra o fim da Justiça do Trabalho porquê é um dos únicos órgãos do poder judiciário que melhor se aplica o princípio da isonomia consonante no artigo 5 caput da Constituição Federal em conjunto com a CLT, a qual melhor conhece e respeita, bem aplicado na reiteração dos 1751 funcionários demitidos injustamente, no qual fui reintegrado, por fim meu respeito e minha imensa gratidão ao TRT, TST." Robson de Araújo  Servidor da Fundação casa de Pirituba afastado

"Sou contra o fim da Justiça do Trabalho pois , sem a justiça especifica ficaremos a mercê dos grandes exploradores financeiros , estaremos nas mãos dos grandes empresários e a força que os trabalhadores brasileiros tem , ou teria , seria ou será a nossa única e mão forte é a nossa grandiosa Justiça do Trabalho.  Espero que não tirem mais esse direito do povo trabalhador desse país" Wiris Marinho Servidor da Fundação Casa - Raposo Tavares.

Desde o dia 18.01, Gilberto Braw através de seu programa Língua Afiada na Radio Zap Gigi Fala Tudo, vinha convocando os servidores da Fundação Casa a participarem do ato organizado pelo Sintrajud ontem(21) em frente ao Fórum Ruy Barbosa - Barra Funda - Zona Oeste de SP,  em apoio a Justiça do Trabalho.

Por ser programa ouvido pela maioria dos servidores no estado de SP, muitos servidores lá compareceram em apoio e por gratidão principalmente.

No entanto, o Jornal Língua Afiada da Radio Zap de ontem  foi especifico, e Braw emocionado relembrou todo um histórico de lutas dos trabalhares da Fundação Casa que só obtiveram vitórias importantes graças ao conhecimento especifico e apoio dos servidores, juízes, desembargadores e ministros da JT. Ao mesmo tempo Braw detonou o governo Bolsonaro e  juiz Sergio Moro por tentarem adotar uma medida tão nefasta como é a extinção da JT.

"Sou grato a justiça do trabalho em especial a da 2ª região e ao TRT e TST, pois sempre foram atuantes, justos, precisos e humanos para com os trabalhadores de minha categoria e de todas as categorias por qual passei. No momento mais difícil dos trabalhadores da Fundação Casa, foi a atuação séria  e dedicada dos desembargadores do TRT da 2ª região que impediu que o governo do estado continuasse a praticar aquele ataque insano contra os trabalhadores. Só eu como sindicalista, fui 4 vezes demitido injustamente e foi ali na justiça do trabalho que estas injustiças foram sanadas. Por isso todo meu apoio e gratidão e de minha categoria a JT". Disparou Gilberto Braw.

Segundo o Sintrajud, a repercussão na imprensa do ato de ontem foi gigantesco, o que mostra ao presidente Bolsonaro que a sociedade e principalmente os trabalhadores não vão aceitar pacificamente e calados esse tipo de politica absurda.


Por:J.R.Silva

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