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BRASÍLIA - O Brasil oficializou a Israel sua posição contrária à nova expansão de assentamentos judaicos em área na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, áreas reconhecidas pela ONU como território palestino. Convocado pelo Ministério das Relações Exteriores, o embaixador de Israel em Brasília, Rafael Eldad, esteve na manhã desta terça-feira reunido com o embaixador Paulo Cordeiro, o subsecretário de África e Oriente Médio do Itamaraty, que expressou a posição brasileira contrária à expansão dos assentamentos.
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, não participou da reunião, segundo informou a pasta. No final da tarde de hoje, ele se pronunciou sobre o encontro, afirmando que foi uma reunião de rotina, mas reforçou que o Brasil não apoia a decisão de Israel.
- O secretário de Assuntos de Oriente Médio conversou com o embaixador de Israel. Faz parte da rotina. Temos uma relação amistosa com Israel. Agora, também temos uma posição oficial contrária aos assentamentos. Consideramos que isso não contribui para a paz - afirmou Patriota.
De acordo com a assessoria de imprensa do Itamaraty, na reunião desta manhã, o Brasil manifestou sua posição tradicional em relação aos crescimento dos assentamentos, "de que eles constituem uma prática ilegal e que não contribuem para o processo de paz entre Israel e Palestina". Na reunião, o subsecretário brasileiro ainda afirmou a Eldad que a segurança do estado de Israel é ponto "fundamental" para o Brasil.
Segundo o órgão, o embaixador israelense não fez comentários sobre o posicionamento brasileiro, mas tomou conhecimento dessa manifestação do órgão. Ele reiterou apenas, segundo informou o Itamaraty, que Israel avalia que não contribui para o processo de paz a elevação do status da Palestina a Estado não membro da ONU, decisão aprovada pela Assembleia Geral na semana passada com o apoio de 138 países, entre eles o Brasil.
Segundo a edição on-line do jornal israelense "Haaretz", além do Brasil, Austrália, Irlanda, Finlândia e Egito também reportaram sua contrariedade a Israel, seguindo ação semelhante adotada na véspera por pelo menos cinco países europeus.
A expansão dos assentamentos foi anunciada pelo governo israelense um dia depois de a Palestina ser reconhecida como um Estado observador não membro na Assembleia Geral da ONU, na última quinta-feira. Na segunda, Reino Unido, França, Suécia, Dinamarca e Espanha chamaram os embaixadores israelenses em seus países para manifestar o descontentamento com a decisão, vista como mais um obstáculo ao processo de paz. A Rússia também emitiu um comunicado na segunda-feira encorajando Israel a suspender a ampliação dos assentamentos.
As colônias, principalmente na chamada região E-1, tornam praticamente impossível um território palestino contínuo. O governo holandês, que se absteve na quinta-feira, comunicou ao chanceler Avigdor Lieberman que não apoiará Israel em futuras votações na ONU se a construção nessa região for avante, informou o "Haaretz". O vice-embaixador alemão transmitiu uma mensagem semelhante, acrescentou o jornal.
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