O Jornal Língua Afiada soltou aqui no blog Gigi Fala Tudo em 20.06, matéria sobre a prisão injusta de Marcelo Guilherme de Souza 39 anos, por supostamente ter participado de uma assalto na noite de 03.06.2017.
A matéria que é acompanhada de um video, apresenta imagens e testemunhas que apontam que no mesmo horário em que aconteceu o assalto a um condomínio de luxo, Marcelo que está preso, estava a 23 km de distancia em outro local.
Marcelo - Negro Inocente Preso |
Não bastasse isso, no próprio B.O elaborado no dia, as vitimas descrevem que eram 2 os assaltantes, que não podia reconhece-los pois estavam encapuzados e que eram de COR BRANCA, sendo que Marcelo é NEGRO, ou seja, Marcelo não é marrom, moreno ou pardo, ele é NEGRO DE RAIZ AFRICANA, bem escuro.
No entanto, nossa equipe que acompanha o desenrolar desta injustiça, se deparou com mais um absurdo e que nos causa indignação.
O advogado de Marcelo ao tomar conhecimento da matéria do Gigi Fala Tudo, buscou diante das provas apresentadas pela matéria, revogar junto a justiça a prisão cautelar dele.
Frente a petição do ilustre advogado dr. Luiz Antonio dos Santos - oab 34.6533/SP, o MPE de São Paulo se manisfestou contrário a sua libertação, até ai tudo bem é um direito da promotoria de justiça discordar do advogado.
Andreia Neves - Branca- Culpada e Livre |
Porém, o que nos deixou indignado foi a fundamentação do MPE, que diante da libertação de Andreia Neves que é branquinha e irmã do senador ladrão Aécio Neves (que continua solto) e a liberação do médico Roger Abdelmassih, outro branquinho (que estuprou mais de 48 de mulheres e condenado a 181 anos de prisão), só vem a reforçar nossa tese sobre a prisão discriminatória de Marcelo.
No parecer do MPE/SP, a ilustre promotoria diz "Analisei todos os documentos juntados aos autos, inclusive o conteúdo das mídias. Inicialmente, é possível verificar conteúdo ofensivo em matéria jornalistica onde se atribui a justiça a prisão do indiciado pelo simples fato de se tratar de pessoa "pobre, negra e doente", o que deverá ser melhor apurado posteriormente."
Médico Roger Abdelmassih Condenado a 181 anos livre |
Tal afirmação de que a matéria é ofensiva e que deva ser apurada posteriormente, deixa a impressão que a democracia, liberdade de expressão e pensamento não existem mais na carta magna, e ainda, que a imprensa livre deve ser encoleirada e calada.
Ora! justamente o MP que em um passado recente esbravejou aos quatro cantos contra a lei da mordaça.
Mas não é apenas isso que incomoda o Língua Afiada. O que mais nos incomodou foi a fundamentação do ilustre promotor que arrumou (mesmo diante das provas e indícios trazidos a publico de que Marcelo é inocente) argumentos dos mais frágeis possíveis, para assim requerer a manutenção da prisão do NEGRO, POBRE E ADOECIDO Marcelo.
Parecer do MPE a favor de manter a prisão |
Usou o nobre promotor o argumento de que "Em que pese haver testemunhas que afirmam ter estado na companhia do indiciado em horários aproximados ao da ocorrência do crime a ele imputado, observa-se que o horário indicado no B.O como sendo o horário do crime trata-se apenas de uma estimativa, tanto que uma das pessoas entrevistadas na reportagem, um integrante da religião umbanda, afirmou que a vitima havia comentado com ele que o crime teria ocorrido entre 20 h e 10 h 30. Não bastasse, há mais pessoas envolvidas no crime e que não foram identificadas, motivo pelo qual não se pode conferir absoluto crédito a todas as pessoas do convívio do indiciado e que afirmaram que o acompanhavam no momento dos fatos, uma vez que os coautores precisam ser identificados".
O que o ilustre MPE/SP deixa de colocar em sua fundamentação é que: 1) as vitimas no primeiro B.O relataram ser apenas 2 os bandidos e de COR BRANCA; 2) que estavam de CAPUZ impedindo a identificação dos meliantes e 3) que só foi surgir a participação de outros supostos bandidos na cena do crime, depois que o indiciado e NEGRO, POBRE E ADOECIDO, Marcelo Guilherme foi preso, tanto que foi elaborado um B.O complementar, o que gera mais suspeitas de ser uma fraude e racista sua prisão.
O próprio MPE em sua argumentação reforça a tese da família de discriminação.
Tem para o MPE crédito a palavra da vitima, que é da RAÇA BRANCA e mora em um condomínio de luxo, que diz ter reconhecido o indiciado pela voz, calça, sapato social e boca torta, mesmo estando os bandidos de capuz e sendo os BANDIDOS BRANCOS como descreveu a própria vitima.
Já a palavra do indiciado preso que é NEGRO, POBRE e ADOECIDO, sua família que é POBRE E NEGRA, seus amigos que são na maioria POBRES E NEGROS, estes não merecem créditos, afinal os BANDIDOS BRANCOS estão soltos e o SUSPEITO NEGRO PRESO, e assim pelo jeito deve permanecer, caso a sociedade não se mobilize.
Ofensivo nobre representante do MPE, é ver uma pessoa ser presa em cima de estimativas e não de fatos concretos como descreve a lei.
Aliás, a estimativa e a convicção criados pela força tarefa da LAVA JATO, não são previstos na lei, mas tem servido de argumento para perseguir pessoas sem qualquer prova, apenas pelo fato de serem PETISTAS, NEGRAS E POBRES.
Como temos visto de forma escandalosa, se fizessem estas pessoas parte da eleíte nefasta ou fossem filiadas aos partidos que as representa, PSDB, DEM, PP e PMDB, cujas provas de corrupção, tráfico de drogas entre outros jorram como cachoeira, com certeza não seriam perseguidas e nem punidas pelo judiciário, se quer seriam denunciadas pelo MP.
Ofensivo nobre representante do MPE, é ver o MPE/SP que ao invés de fazer justiça, tentou fazer politica abrindo contra Lula um inquérito sobre o Triplex e depois foi obrigado e enfiar o rabo entre as pernas por não ter qualquer prova, cujo os promotores só queriam aparecer na mídia e nos holofotes da globo para ajudar a dar o golpe na democracia.
Ofensivo é ver este mesmo MPE que acusa e pretende que continue preso um trabalhador NEGRO, POBRE E ADOECIDO sem qualquer prova, não fazer nada contra os cargos de confiança da Fundação Casa denunciados pelos trabalhadores, com provas de falsidade ideológica, corrupção, fraude de processos e tantos outros crimes, e continuam se quer sem ser processados.
Ofensivo ilustre promotor é ver o governador Geraldo Alckmin comprar 600 metralhadoras defeituosas, que a mais de 5 anos estão encaixotadas, não podem ser usadas para não colocar a vida dos Policias em risco, e no entanto, não sofre nada por parte de um órgão que é o guardião da lei e da justiça e teria por obrigação fiscaliza-lo.
Ofensivo é ver a quadrilha de Michel Temer e Aécio Neves, com tantas denuncias e provas de lesarem a nação, gerando mais pobreza e pessoas miseráveis sem sofrer nada e continuam livres, leves e soltos.
Ofensivo é ver um promotor de justiça, membro do MPE/SP solicitar nas redes sociais "que policiais matessem petistas que manifestavam na av. Faria Lima, pois aquela área era do tribunal do juri dele e nada sofreriam", isso sim é ofensivo, pois aquele representante do MPE/SP, usufrui de um cargo publico em nome da sociedade e não de suas vaidades e no entanto nada sofreu.
Ofensivo é ver a quadrilheira Andreia Neves e seu primo, que mesmo com tantas provas de seus crimes, serem soltos pela própria justiça que deveria mante-los encarcerados para o bem da nação.
Ofensivo senhor representante do MPE, é ver o médico Roger Abdelmassih, que estuprou mais de 48 mulheres indefesas, e que foi condenado por essa mesma justiça a 181 anos de prisão, ser liberto hoje para cumprir prisão domiciliar, enquanto suas vitimas amargam até hoje a dor da lesão sofrida.
Afinal, todos eles fazem parte da elite fascista e nefasta deste país, são BRANCOS E RICOS e com CARGOS PÚBLICOS, já Marcelo, é apenas mais um NEGRO, POBRE ADOECIDO, excluído dos direitos e da lei, desamparado pela justiça e por quem teria o papel de executa-la.
Ofensivo senhores, é ver os órgãos de justiça deixarem a lei de lado para fazer politica e apresentarem estátisticas, criarem critérios da convicção, estimativa e suspeita como base da punição, sem que estes critérios estejam previstos no escorreito legal constitucional.
Para se cercear a liberdade de alguém é necessário mais do que estimativa de horário ou suspeita, é necessário precisão, provas contundentes, para que assim se faça a verdadeira justiça e a sociedade hodierna se sinta protegida.
Não pode um representante do MP que tem como função precípua constitucional ser o guardião da lei, em uma lide em que ele atue como parte contrária, querer ganhar a lide a qualquer custo, mesmo que para isso a vida de inocentes sejam destruídas.
Deve o guardião da lei acima de tudo primar pela justiça, pela ética e pela busca da verdade, pois o devido processo legal (premissa constitucional), não é uma batalha de quem ganha ou quem perde, mas a busca da verdadeira justiça.
Talvez por todas estas decepções e atitudes judiciais abusivas e nefastas (que protege os ricos mesmo comprovado seus crimes e condena os pobres sem qualquer prova), que este humilde blogueiro bacharel em direito a 21 anos, preferiu militar na área jornalistica, por entender que é mais fácil buscar a justiça através dos meios de comunicação informando a sociedade dos abusos e absurdos, que tentar buscar a mesma justiça nos órgãos que deveriam primar por ela e não o fazem.
"Teu dever é lutar pelo Direito, mas se um dia encontrares o
Direito em conflito com a Justiça, luta pela Justiça." Eduardo Juan Couture
Por: Gilberto Braw
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