Ela Parece Modelo, Mas Trabalha em Obras: Mulher Domina Construção Civil

Jheniffer Oliveira

Há muito tempo, as mulheres deixaram de ser apenas as mães de família e a função de apenas cuidar dos filhos. 

Por necessidade, ou, na busca de independência, ano a ano se projetam no mercado de trabalho assumindo cada vez mais trabalhos que sempre foram restritos aos homens.

Nosso caro navegante já deve ter visto matérias expondo a acensão profissional do sexo feminino. Mulheres advogadas, médicas, engenheiras, juízas e até presidenta da republica. 

Já devem também ter visto histórias de mulheres que trabalham na construção civil como engenheiras, arquitetas, gerentes de RH. 

Porém, temos certeza que jamais viram uma história como a de Jheniffer de Oliveira, 23 anos, corpo escultural e delicada como uma modelo, mas que trabalha na construção civil como pedreiro, ou técnica em obras como ela gosta de chamar, atuando diretamente no trabalho pesado com uma precisão e delicadeza de deixar qualquer profissional da área com inveja.

No domingo 08 de julho, o Gigi Fala Tudo saiu a campo para descobrir o que as mulheres pensavam sobre o momento econômico do país que atinge diretamente a elas e suas famílias, afinal os sucessivos aumentos na cesta básica, no gás de cozinha e o desemprego, deixam essas mães de família extremamente preocupadas.

A delicadeza da Mulher

Ao circularmos pela Av. Jacu Pessego - próximo a vila jacui em São Miguel Paulista, avistamos aquela mulher linda, loira artificial com cabelos de Elba Ramalho, carinha de anjo e corpo escultural que caminhava ao logo da avenida as 08:00 horas da manhã.

Pela beleza e delicadeza, pensamos se tratar de uma modelo, não se encaixando ao perfil das mulheres que pretendíamos entrevistar. Mas o jeito alegre e descontraído com que a jovem desfilava, nos despertou a curiosidade em saber o que ela achava do momento pelo qual passa o Brasil.

Resultado impecavel

Para nossa surpresa, ao perguntarmos o que ela fazia, nos respondeu sorridente, "trabalho na construção civil, sou pedreiro azulejista, mas gosto de dizer que sou técnica em obras".

Achamos que ela estava brincando, afinal geralmente quem trabalha em obras tem as mãos calejadas, pele ressecada e aparência não muito conservada em função do trabalho pesado e da poeira do cimento que queima a pele, bem ao contrário daquela jovem linda de pele e cabelos bem cuidados, mãos delicadas, unhas bem feitas e sorriso contagiante.

Surpresos com as respostas da jovem, perguntamos se poderíamos acompanha-la em seu trabalho, o que de pronto ela concordou e as quatro da manhã de segunda feira 09 de julho, em pleno feriado na cidade de são paulo, seguimos com Jheniffer e seu pai Mauricio Alves para o bairro do Jabaquara (90 km de onde mora), onde empreitaram uma obra de reforma geral.

Ao acompanharmos um dia de trabalho da moça ficamos impressionados com o profissionalismo e com sua história.

Jheniffer de Oliveira, 23 anos, ensino médio completo, mora na Vila Reis no bairro de  São Miguel Paulista - SP. Filha de Renata de Oliveira Silva e Mauricio Alves França, a jovem tem em sua avó Aparecida Mercedez seu espelho e sua rainha.

Beleza e sensualidade sem perder o respeito

Jheniffer ou Jheziinha Maismais como gosta de ser chamada, nos contontou que por conta de sua família ser extremamente humilde, desde os 13 anos já trabalha para ajudar no sustento da família.

Já entregou panfletos em farol, balconista em loja e faxineira, mas cansada de fazer o que não gostava e incentivada pela avó, a jovem quis mostrar para si mesma que a mulher pode atuar profissionalmente em qualquer área que os homens atuam, resolveu então se dedicar a profissão de pedreiro igualmente ao seu pai que ela tanto admira.

"No começo foi difícil, afinal muitas pessoas diziam que eu não conseguiria realizar esse tipo de trabalho, pois é muito pesado, meu pai mesmo ficou em duvida se eu aguentaria, pois como todo nortista, acham que lugar de mulher é em casa cuidando dos filhos" sorriu ela largamente.

"Mas minha avó, mulher porreta do Norte, me dizia sempre que se era isso que eu gostava de fazer que fosse em frente, pois ela teria muito mais orgulho em ver sua neta trabalhar de pedreiro e ganhar seu sustento de forma honesta do que ficar humilhada dependendo de macho ou perdida na vida."

Jheniffer começou como ajudante nas obras empreitadas por seu pai, fazendo massa, peneirando areia, mexendo concreto, quebrando paredes.

Após 5 anos de profissão, ah!, ela da um banho em qualquer profissional da área, levanta paredes, assenta pisos, faz acabamentos, concreta lages, levanta colunas, quebra paredes e faz reformas com uma rapidez, perfeição e delicadeza que deixa qualquer um de boca aberta.

Sua alimentação é igual a qualquer profissional da área, na hora do almoço o prato fundo com quase um quilo de comida. No cardápio, arroz, feijão carne, salada e ovo frito. 

Perguntamos  com aquele tanto de comida como ela conseguiria manter o corpo escultural de dar inveja nas mulheres de academia, o que ela respondeu:"Esse trabalho é muito pesado e desgastante, consome muita energia e se for me alimentar igual a maioria das meninas da minha idade desmaio, não tem academia melhor do que trabalhar em obra," responde ela sorrindo.

Sempre sorridente e alegre, perguntamos a ela se já trabalhou com outros peões em obra e se alguma vez faltaram com respeito para com ela?

"Sim já trabalhei em uma obra junto com meu pai onde haviam mais 15 peões, apenas um tentou fazer piadinha, mas de pronto coloquei ele no lugar dele e sempre busco ter um comportamento profissional, me visto de forma condizente com meu trabalho, calça comprida, camisa e blusa longa, cabelos protegidos, quem me vê as vezes acha que sou um garoto. Tenho que me fazer respeitar não só por minha honra e dignidade, mas também pela honra de meu pai e de minha família, busco sempre lembrar que na obra sou uma profissional e tenho que me fazer respeitar como tal, não fico de brincadeirinhas e não dou liberdade para piadinhas." disparou ela.

Jheniffer esta solteira, após uma desilusão amorosa não pensa em ter namorado, sua vida nos últimos 3 anos se resume a trabalhar, descansar e curtir sua família nos finais de semana. Já realizou seu primeiro sonho de muitos, comprou uma motocicleta que as vezes usa para ir ao trabalho, e junta dinheiro para realizar seus próximos sonhos, comprar um carro, fazer faculdade de arquitetura e dar uma vida digna a seus pais e para sua avó que ela trata como minha rainha.

Jheniffer é o retrato fiel da mulher brasileira que a cada dia busca mais e mais sua independência e mostra que o sexo feminino pode ser frágil para manter todas as delicadezas de uma mulher que se preocupa com sua aparência, unhas, cabelos e claro o jeito feminino de seduzir, porém se mostram cada vez mais fortes na hora de lutar e conquistar sua independência e sonhos.

Mas o que esta garota de apenas 23 anos nos mostra, é que nossa juventude quando tem bons exemplos e o espelho familiar dentro de casa, cujo os pais tem o dever de primar pela honra e dignidade, por mais humildes que possam ser, jamais se perdem no mundo das ilusões, modas e marcas difundidas pelos grandes meios de comunicação que hoje são responsáveis pelo projeto de destruição em massa da juventude, apresentando caminhos fáceis como o da prostituição, drogas e baladas, cuja nossas crianças e sociedade só sentirão os efeitos daqui ha 20 ou 30 anos, o que  poderá será tarde demais.

Dona Mercedes sua referencia de vida

De nós do Gigi Fala Tudo, gostaríamos de parabenizar os familiares da nossa queria Jheiziinha Maismais pelo grande exemplo de humildade e honra que passam a ela, em especial a dona Mercedez por incentivar sua neta a buscar seus sonhos e mostrar que no mundo machista como o nosso, para quem acredita em Deus nada é impossível.

Para você caro internauta que esta pensando em construir ou reformar seu imóvel com profissionais altamente gabaritados, deixamos aqui a nossa dica e o telefone desta família de profissionais para um orçamento sem compromisso, mas já avisamos de pronto que a agenda de trabalho deles é extensa pois são muito requisitados 11-98112-0235.

Por Gilberto Braw

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