Saiu ontem (30), a publicação do acordão do dissido de greve dos servidores da Fundação casa de São Paulo.
Foram 18 dias de paralisação e os servidores mesmo boicotados pelo Sindicato da categoria profissional, de peito aberto e com coragem mantiveram a luta e não se curvaram.
O resultado desta coragem foi a vitória, onde alcançaram mais que o dobro dos 5% oferecidos em duas vezes pela direção da instituição, bem como seus reflexos nos benefícios e ainda, tiveram uma conquista politica ao conseguirem que o TRT condenasse a FC ao pagamento de multa pela prática anti-sindical e litigância de má fé.
Esta condenação do TRT contra a FC, serve como uma ferramenta importantíssima para que os servidores utilizem em seus diversos processos individuais, mostrando para o judiciário que se a FC tem este tipo de prática contra os servidores perante o TRT, imaginem o que ela não faz nos porões de sua corregedoria, que de forma ditatorial, abusiva e viciada prática os mais diversos absurdos e abusos contra os trabalhadores.
A vitória jurídica e politica da categoria poderia ter sido muito maior, se não fosse a omissão sindical que a todo tempo fazia coro junto com membros da oposição para que os servidores se curvassem mais uma vez aos caprichos da direção da FC.
Diante da postura enérgica adotada pelo TRT contra a FC, este desmoralizou não só a instituição governamental, mas também a entidade sindical e oposição, uma vez que, os desembargadores que julgaram o dissido, ouvindo o clamor dos trabalhadores que mostraram sua disposição de luta, trilharam por acolher suas suplicas e dar-lhes a vitória integral e irrestrita.
Mas agora fica a pergunta, o que devem os servidores fazerem para efetivamente verem as decisões do TRT serem cumpridas e entre elas o reajuste de 11,7%.? O que devem fazer para receberem o Bônus já aprovado no orçamento? O que devem os trabalhadores fazer para não deixarem que a FC realize a retaliação que vem sendo construída com o discurso de máfia de atestados?
Em um vídeo de 25 minutos, o ex-presidente do sindicato Gilberto fala sobre estas questões, orienta quais os caminhos a categoria pode seguir para que esta conquista seja garantida, e ainda, faz um alerta sobre o golpe eleitoral que sindicato e alguns membros da oposição pretendem aplicar na categoria para se manterem no poder, e assim, manter o sindicato no estado em que esta, e que beneficia a FC, prejudicando os servidores.
Em meio a esta guerra, onde os servidores saem fortalecidos pela vitória, um grupo de trabalhadores de base elaboraram um abaixo assinado para recolher a assinatura dos servidores de diversas unidades do estado, visando denunciar ao TRT que as demissões feitas no pós greve de 2014 e 2015, são na verdade demissões politicas, o que caracteriza também a prática anti sindical.
Este abaixo assinado, tem ainda o objetivo de servir como prova para que os demitidos, Antonio Gilberto da Silva, Adriano da Silva Neiva (membros da comissão de negociação no TRT 2014) e Michel Jorge Munhoz, José Maurílio Inocêncio, André Januário e Cesar Rocha lideranças da greve de 2014 demitidos em processos administrativos fraudulentos com o cunho de retaliação aos grevistas e suas lideranças, seja juntado aos processos individuais deste trabalhadores, para que assim, possam fortalecer e conquistar suas reintegrações.
Segue abaixo modelo do abaixo assinado, que após recolhidas as assinaturas nos locais de trabalho, devem ser entregues as lideranças de unidade que estão responsáveis pelo recolhimento ou escaneados e enviados para o e-mail bloggigifalatudo@yahoo.com.br ou agibas2007@yahoo.com.br
Por: Gilberto Braw
Abaixo Assinado dos
Trabalhadores da Fundação Casa SP ao TRT/SP
Nós Trabalhadores da
Fundação Casa de São Paulo abaixo assinado, vimos por meio de este denunciar ao
TRT/SP o que segue:
É louvável e justa a
postura deste egrégio tribunal ao aplicar no dissídio coletivo de greve 2016, a
multa na empregadora Fundação casa de São Paulo, pelas práticas anti sindical e
litigância de má fé em função de reiteradas práticas abusivas cometidas pela
instituição contra nós trabalhadores.
Porém entendemos que há
outro tipo de prática anti sindical e abusiva cometida pela empregadora, quando
esta não respeitou as clausulas de paz aceita por ela nos dissídios de 2014 e
2015, quando esta se utilizou de sua corregedoria para processar administrativamente
e demitir servidores sob alegações absurdas que vão desde o uso da internet
onde o servidor desta instituição publica se organizam até a utilização de processos administrativos que a anos estavam
arquivados e foram reabertos contra lideranças com o claro intuito de praticar a
retaliação contra servidores grevistas e membros da comissão de negociação.
Isso foi o que ocorreu
com dois membros da mesa de negociação de 2014 os servidores Antonio Gilberto da
Silva e Adriano da Silva Neiva, bem como com os servidores Michel Jorge Munhoz,
André Januário, Cesar Rocha e José Maurílio Inocêncio, também demitidos através
deste tipo de processo administrativo viciado, que tem o cunho de dar roupagem jurídica
a decisões políticas da direção e assim, praticar o ato retaliatório contra a
categoria, tendo em vista que estes trabalhadores foram lideranças em seus
locais de trabalho durante a greve, atingindo assim frontalmente o acordado nas
mesas de negociação e por tanto atingindo todo o corpo funcional que ficou vulnerável
diante deste tipo de prática anti sindical.
Neste sentido
requeremos a vossas excelências, que este tipo de prática cometida pela FC seja
de pronto coibido, bem como seja feita uma observação nos processos de reintegração
destes servidores que tramita perante esta justiça do trabalho, para que assim
sejam sanadas tais injustiças.
Nome RE
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