sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

F. Casa: Manifestação dos Trabalhadores pode Ter Decretado Fim da Gestão Sindical (video)

Ata de reunião com promotor
No dia 22.02, os trabalhadores da fundação Casa de São Paulo, realizaram um ato na porta do Ministério publico de São Paulo - MPE/SP.

A manifestação foi convocada por trabalhadores de todo estado com o objetivo de por fim a gestão sindical Sitraemfa/Sitsesp, que vem se perpetuando no poder através de eleições fraudulentas, sendo que na ultima, prorrogou o próprio mandato através de uma assembleia cheia de seguranças contratados para agredir os servidores da FC.


protocolo de representação feita em 2016
Não bastasse os seguranças contratados pelo sindicato (que também fazem serviços para a CUT), agredirem os servidores, estes na maioria das assembleias também votam se passando por associados da entidade sindical, como já mostrado em matérias do Gigi Fala Tudo.

Esta prática pelega e bandida, além de ser ilegal é criminosa, pois membros da direção sindical que não gozam de nenhuma credibilidade ou confiança dos trabalhadores, aprovam acordos e negociações que não são de interesse dos trabalhadores, contrariando a vontade da maioria absoluta da categoria como tem sido demonstrado nas redes sociais.


protocolo de representação feita em 2016
Porem, estas direções sindicais nefastas que mais parecem organizações criminosas, se encastelam nos sindicatos. 

Usam para isso, alterações fraudulentas do estatuto e assembleias fantasmas para se perpetuar no poder, onde muitos diretores acabam se enriquecendo de forma ilícita as custas dos associados.

No caso dos trabalhadores da Fundação Casa, a coisa chegou a um grau de banditismo e sentimento de impunidade, que a direção sindical resolveu permanecer no poder sem que haja mais eleições, criando um verdadeiro escarnio ao prorrogar o mandato, onde os trabalhadores sócios foram impedidos de participar por não serem fornecidas as condições de transporte, divulgação da assembléia e local em tempo hábil, participação de pessoas estranhas a categoria, e ainda, a contratação de vários seguranças a peso de ouro para impedir os servidores da FC de participarem ou intimidar e agredir aqueles que conseguiram entrar no local da assembléia.
representação  apresentada ao MP 22.02

Além destas fraudes eleitorais, os trabalhadores denunciam as fraudes estatutárias e o descumprimento por parte do presidente das decisões de assembléia, fraudando atas em clara afronta a vontade dos servidores para beneficiar o patronato.

Exemplo disso, foi a assembléia de 2015 que discutia as escalas de trabalho. 

Nesta assembléia, o sindicato mesmo com vários seguranças intimidando e votando como se trabalhadores fossem, perdeu a proposta que beneficiava a direção da FC no voto.


representação  apresentada ao MP 22.02
No entanto, com uma postura bandida e truculenta, o presidente Aldo Damião e os diretores, Adônico Marques, João Faustino, Camparetti, Luiz, Clotilde e outros, anunciaram que a proposta havia sido aprovada, gerando uma revolta nos trabalhadores que tentaram invadir a sede da entidade, sendo impedidos pelos seguranças e pela Policia Militar que foi chamada.

O prejuízo dos trabalhadores só não foi maior, porque na hora de elaborar a ata fraudulenta, a confiança na impunidade foi tamanha que a gestão sindical errou na confecção desta e só veio a perceber o erro depois que havia protocolado junto ao TRT, o que não deu mais tempo de corrigir.


representação  apresentada ao MP 22.02
Mas não pense nosso caro navegante que os abusos e absurdos da gestão sindical param por ai.

Denuncias dão conta que o dinheiro das homologações feitas na sede da entidade, ao invés de entrarem para a conta da entidade, são divididas entre diretores ligados ao presidente e a ex-presidente Maria Gusmão que comanda o seguimento rede conveniada.

Só para o nosso navegante ter uma ideia, o Gigi Fala Tudo descobriu que o sindicato comprou um veiculo no valor de R$ 45.000,00 mil reais e repassou este veiculo para o diretor Camparetti por R$ 25.000,00 mil reais.


representação  apresentada ao MP 22.02
Em outro caso, o ex-presidente Julio Alves em sua gestão com os mesmos diretores, vendeu o sitio do sindicato que custou entre compra e reformas R$ 430.000,00 e estava avaliado em R$ 1.200.000,00, por apenas R$ 230.000,00 mil reais.

A sede do sindicato estava a venda por R$ 700.000,00 mil reais, valia mais de R$ 4.000.000,00, sendo que até agora a direção não informou a categoria se foi ou não vendida e que fim levou o dinheiro.

Mas não para por ai, os trabalhadores denunciam que a ex- presidente e atual diretora Maria Gusmão teria comprado duas casas para suas filhas com recursos desviados da entidade, além de fazer acordos em prejuízos aos trabalhadores, para privilegiar sua filha em um acordo com a direção da Fundação.


Conforme denunciado pelos trabalhadores e constatado em diário oficial, uma das filhas de Gusmão estava lotada como agente em uma unidade da FC, mas estava liberada trabalhando no CEU Rosa da China em Sapopemba em um cargo de confiança na gestão Haddad recebendo remuneração dos dois órgãos públicos segundo os trabalhadores.

O ex tesoureiro da gestão Gusmão, Adônico Marques,  segundo denuncias de servidores, estava afastado pelo INSS, recebendo beneficio por auxilio saúde, mas prestava serviço como diretor do sindicato, recebendo recursos para isso, o que caracteriza crime de fraude, além de outras denuncias de que este possui duas agencias de veículos adquiridas com dinheiro da entidade.

Durante a manifestação, uma comissão de 2 servidores eleitos pelos presentes foi recebida pelo digníssimo promotor de justiça Dr. Otávio Ferreira Garcia que ouviu atentamente a exposição e leu a representação dos servidores.

Com uma postura de preocupação diante do relatado e dos documentos juntados,  o ilustre promotor mostrou a seriedade do MP estadual no trato de combater as injustiças, abrindo uma ata de atendimento, esclarecendo os presentes que esta deveria seguir os tramites legais imposto pelas normas do MP, sendo encaminhada para livre distribuição e caso não fosse ele o sorteado para acompanhar as denuncias, ele se comprometia a conversar com o promotor sorteado para coloca-lo a par da gravidade da situação ali apresentada.

Diante da postura de preocupação e seriedade adotada pelo digníssimo promotor dr. Otávio Ferreira Garcia no sentido de tomar as devidas providencias, o Gigi Fala Tudo que por diversas vezes fez criticas a omissão do MP em função das denuncias anteriormente feitas pelos servidores, cuja as representações foram também juntadas na denuncia, vem a publico elogiar a atenção do MP dispensada aqueles trabalhadores, trazendo um alento a eles e a confiança de que a justiça será feita.

Dentre as reivindicações principais da representação, está a realização de uma assembléia dos trabalhadores da Fundação Casa perante um representante do Ministério Publico, para se deliberar pelo afastamento da diretoria do sindicato, com a eleição de uma junta provisória para tocar as demandas e a realização de uma auditoria em todas as gestões do sindicato pelo ministério publico, bem como a apuração de todas as denuncias de enriquecimento ilícito de diretores e a realização de eleições com acompanhamento e coordenação do ministério publico.

Os trabalhadores estão organizando ainda uma petição "on line" endereçada ao MPE, onde pretende reunir a assinatura dos 14 mil servidores para assim reforçar a intervenção do Ministério publico o mais rápido possível e novas eleições sindicais, visto que a pauta de reivindicações da campanha salarial de 2017, tende a levar de vez os trabalhadores para o buraco caso nada seja feito.

Em um video de 20 minutos, os manifestantes dão um recado a direção sindical e a categoria e Gilberto faz uma análise da reunião e da manifestação.


Click nas fotos para ampliar e fazer a leitura dos documentos e no video para assistir.

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Por; Gilberto Braw

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