Governador Geraldo Alckmin mentiu sobre fugas denuncia servidores |
O Governador Geraldo Alckmin -PSDB/SP, ontem tentou justificar as mais de 100 fugas ocorridas na Fundação Casa de São Paulo nos últimos 10 dias, jogando toda a responsabilidade em uma empresa de vigilância patrimonial que teria falido.
Vigilantes são patrimoniais denunciam funcionários da FC |
No entanto, segundo Funcionários ouvidos pelo Jornal Língua Afiada do blog GiGi Fala Tudo, isso é uma mentira deslavada, uma vez que o papel dos vigilantes é apenas de cuidar do patrimônio e não podem fazer a contenção dos jovens.
" Quem tinha o papel de fazer a contenção dos jovens nos momentos de rebelião era o Grupo de Apoio - GAP, mais conhecido como choquinho, que interviam nas unidades. No caso de Guainases e Vila Conceição era o GAP da Vila Maria que por perseguição politica pelo fato deles terem participado da greve de 2014 e desse ano foi extinto. Jogaram esses trabalhadores para dentro das unidades descumprindo inclusive ordem judicial do TRT. Com isso fragilizaram toda a segurança e colocaram os internos em pânico com a presença destes funcionários dentro das unidades, e ai, deu no que deu e vai piorar, porque as mães já avisaram vai virar tudo e nós não vamos mais segurar o cargo desses patifes e depois responder processo armado pela corregedoria. Não é o nosso papel fazer contenção, ou cai esses bandidos da cúpula e o corregedor safado ou explode tudo" afirma o servidor.
Outro servidor denuncia um suposto esquema de empresas de vigilância e de transporte, com a participação de gestores da instituição ligados ao governo.
Segundo ele, a empresa que abandonou os postos e que o Governador disse que faliu é a Aviseg segurança e vigilância patrimonial, só que o governador Geraldo Alckmin não conta que essa empresa é do mesmo dono da Atlantico Sul Segurança e vigilância patrimonial, que a uma ano atrás também faliu e deu calote nos vigilantes como também vem fazendo a aviseg.
Uma máfia dentro da Fundação denuncia servidores |
" A Atlântico Sul era do Jairo e do Oliver, eles brigaram e acabaram a sociedade e faliram a empresa e deram calote nos vigs ( como são chamados os vigilantes). Ai o Jairo abriu a Aviseg e o Oliver abriu a Alfagama que não faliu e esta em nome de laranjas. Agora a Aviseg faliu e novamente deu calote nos vigilantes. Mas já ouvimos comentários de funcionários de uma divisão que já estão montando outra empresa para assumir. Eles dão o calote nos coitados dos Vigs e depois voltam com outra empresa tudo isso com apoio dos cargos de confiança e da corregedoria que sabe de tudo, tanto que ano passado o corregedor foi questionado na greve e ele se esquivou de falar sobre o assunto. Antigamente uma unica empresa prestava serviço para todas as unidades na capital, ai eles dividiram como se fosse territórios e colocaram esse monte de empresa de quinta categoria para favorecer a corrupção" disse o servidor que também não quis se identificar.
Um outro servidor foi mais incisivo ainda, "existe uma máfia dentro da Fundação acobertada pela direção e pela corregedoria, tem vários cargos de confiança que tem Vans prestando serviço dentro da Fundação o que é proibido por lei, mas aqui quem faz a lei são eles mesmos e ninguém pode falar nada se não é ameaçado ou pela corregedoria de sofrer processo ou até de morte como aconteceu com um funcionário chamado Ciute que denunciou na sua página do Plantão do Face. Tem diretor ai que tem patrimônio de mais de R$ 3 milhões de reais. Ai te pergunto como um diretor que ganha no máximo R$ 10.000 reais de salário consegue um patrimônio de mais de R$ 3 milhões de reais, tem corrupção ou não tem" afirma o servidor.
O Jornal Língua Afiada, buscou informações sobre as denuncias contra as empresas Atlântico Sul e Aviseg citadas pelos servidores. Descobrimos que a Fundação Casa figura como co-responsável em processos trabalhistas movido por vigilantes que foram prejudicados pelas empresas e, caso condenada vai ter que arcar subsidiariamente com o pagamento, o que deixará um rombo nos cofres do estado e no bolso do contribuinte.
Andamento do Processo n. 1103135-17.2014.8.26.0100 do dia 03/03/2015 do DJSP ( falência da Atlântico Sul)
Andamento do Processo n. 1001364-17.2015.5.02.0605 - RTOrd - 22/09/2015 do TRT-2 ( processos Trabalhistas em que Fundação Casa é co- réu junto com empresa Aviseg)
As denuncias levantadas pelos servidores são gravíssimas, demandaria que o Ministério Publico do Estado realizasse uma investigação profunda, porém nenhum dos servidores ouvidos acreditam nisso, chegando um deles a dizer " o MP ta na mão do governador, a presidente da Fundação é promotora, você acha que eles vão fazer algo contra ela, vão nada".
Infelizmente o Jornal Língua Afiada é obrigado a concordar com os servidores, visto que uma representação feita Pelo Dep. Federal José Mentor e o Ex-Dep. Estadual Antonio Mentor junto ao Ministério Publico de SP e Junto ao Ministério Publico do Trabalho, denunciando diversas irregularidades na Fundação CASA, entre elas, denuncias de suspeita de fraude em processos administrativos, uso politico da Corregedoria e abuso de poder até o momento não teve nenhum resultado.
Das denuncias realizadas pelos deputados aos dois MPs, apenas o Ministério Publico do Trabalho abriu procedimento apuratório para apurar parte das denuncias visto que as demais é de responsabilidade do Ministério Publico Estadual que pelo jeito engavetou elas.
Não bastasse isso, o nosso blog trouxe a publico a denuncia de um ex-servidor da Fundação CASA que ocupou um cargo de confiança na gestão de Berenice Gianella, onde, o servidor denunciou que as unidades da Fundação custaram em torno de 5 milhões cada, no entanto, o material usado é de 5ª categoria.
Adriano Neiva denunciou que no lugar do concreto dentro dos blocos, as empreiteiras colocaram sacos de cimento vazios para disfarçar o barulho oco das paredes, o que justifica a facilidade com que os jovens tem feito buraco nas paredes para empreenderem fuga.
Por: Gilberto Braw
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