Venezuela e Colômbia chegam a acordo para resolver crise na
fronteira
Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Colômbia,
Juan Manuel Santos, se reuniram hoje (21) pela primeira vez desde o início da
crise na fronteira entre os dois países. A crise já dura um mês e fez com que
cerca de 20 mil colombianos, que viviam em território venezuelano, deixassem o
país.
Os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Colômbia,
Juan Manuel Santos, se reuniram hoje (21) pela primeira vez desde o início da
crise na fronteira entre os dois países. A crise já dura um mês e fez com que
cerca de 20 mil colombianos que viviam Divulgação/Unasul
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No final do encontro, na capital do Equador, Quito, os dois
governos anunciaram a decisão de normalizar imediatamente as relações
diplomáticas; de investigar denúncias de ambas partes e de fazer uma reunião
ministerial na capital venezuelana, Caracas, na próxima quarta-feira (23), para
encontrar formas de combater o contrabando e narcotráfico na região.
Tanto Maduro quanto Santos manifestaram a intenção de se
reunir, o que foi possível com a ajuda e a participação dos presidentes do
Equador, Rafael Correa, e do Uruguai, Tabaré Vázquez. O Equador exerce a
presidência pró-tempore da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos
(Celac) e o Uruguai o da União de Nações Sul-americanas (Unasul), daí a
iniciativa de Correa e Tabaré Vázquez para que os dois presidentes se
encontrassem.
Os quatro presidentes ficaram satisfeitos com o que
consideram ser um diálogo “construtivo”. Ficou acertado que os embaixadores da
Colômbia, em Caracas, e da Venezuela, em Bogotá, deverão voltar a seus postos,
normalizando as relações diplomáticas.
A crise foi desencadeada no dia 19 de agosto depois de uma
emboscada a três militares venezuelanos, que patrulhavam a fronteira, para
impedir o contrabando de alimentos e combustível. Além dos militares, um civil
venezuelano foi ferido por homens armados que fugiram de moto.
Maduro atribuiu o ataque a “paramilitares” colombianos que,
segundo ele, protegem o milionário negócio do contrabando, e mandou fechar
parte da fronteira. Cerca de mil colombianos, vivendo ilegalmente na Venezuela,
foram deportados.
Desde então, a tensão só aumentou, apesar dos chanceleres
dos dois países terem se reunido duas vezes. Colômbia chamou seu embaixador em
Caracas “para consultas” e Venezuela fez o mesmo com o seu representante em
Bogotá.
Em um mês, Maduro estendeu o “estado de exceção” a 23
municípios fronteiriços e cerca de 20 mil colombianos deixaram a Venezuela,
temendo ser expulsos. O Ministério da Defesa colombiano acusou aviões
venezuelanos de violarem seu espaço aéreo, o que foi negado pela Venezuela.
Fonte: Agência Brasil
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