Depois da assembléia de sexta feira (13), o sindicato da categoria dos servidores da Fundação Casa de São Paulo, pratica a maior covardia que uma entidade pode praticar contra uma categoria.
Indignado por ter sido atropelado, a direção sindical ao invés de ter humildade e buscar os caminhos para bancar a decisão soberana da categoria, ao contrário, abandonou os trabalhadores a própria sorte, sem qualquer atuação nos fim de semana, ou mesmo sem qualquer orientação, tentando assim enfraquecer o movimento da categoria.
Trabalhadores de base denunciaram que teve diretor da entidade sindical e delegados ligados a esta que orientavam trabalhadores a voltarem para o trabalho.
Até mesmo um membro da comissão de negociação José Alfredo, foi trabalhar no sábado sob a alegação que iria cumprir a liminar. Segundo noticias de trabalhadores o ex-presidente Julio Alves também voltou a trabalhar, descumprindo o que foi deliberado pela categoria, levando esta a desmoralização perante a entidade patronal.
Não bastasse isso, a direção do sindicato só veio a se reunir na segunda feira, não apresentou nada para a categoria, ao contrário, foi novamente pedir arrego no tribunal tentando uma nova mesa de conciliação que ocorrerá nos mesmos moldes já rejeitado pelos trabalhadores em assembléia.
Nem mesmo uma contra proposta para tirar das costas da categoria a responsorialidade e a pecha de radial a entidade não apresentou.
Até mesmo a reunião de avaliação quem acabou chamando foram membros da comissão e da base, visto que o sindicato só pensa em cumprir seu acordo com a presidente da FC.
Mas os trabalhadores podem dar o troco a esta traição e um documento esta sendo proposto por trabalhadores de base e pelo ex-presidente do sindicato Gilberto, onde pretende-se que a categoria avalie pelas redes sociais, e na quinta feira, antes da mesa no TRT, se aprove em assembléia na porta do tribunal com pontos que vão desde alternativas para o reajuste salarial, segurança, 30 horas, mas também a exigência que os dirigentes do sindicato sejam excluídos da mesa de negociação, permanecendo apenas a comissão de trabalhadores e o advogado do sindicato para dar os aspectos legais da negociação.
Em um vídeo de 20 minutos, Gilberto Braw expõem todos os riscos que o sindicato joga a categoria o o que deve ser feito para revidar a altura esta traição imperdoável da direção sindical.
Segue também modelo de documento com propostas alternativas a ser apresentado no tribunal, confeccionado por alguns trabalhadores de base para apreciação da categoria.
Por: Gilberto Braw
Documento
São Paulo 18 de maio de 2016
Exmo. Sr. Desembargador Relator Francisco Ferreira Jorge
Neto do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos
Coletivos
Nós trabalhadores da Fundação Casa -SP em greve desde o dia 7 de maio de 2016, demonstrando a nossa boa vontade em negociação apresentamos
as seguintes contrapropostas referentes a proposta apresentada pela empregadora
Fundação Casa em 13 de maio de 2016 no processo de número 1001082-14-2016-5-02-0000.
1. Segurança
Cumprimento imediato do dissídio coletivo de 2004 nas
questões das cláusulas de segurança, obrigando a Fundação Casa de imediato a
contratação de profissionais em numero suficiente para atuar internamente, bem
como grupos de intervenção na parte externa, além de policiamento nas portas das unidades para
garantir a segurança dos trabalhadores de imediato, ficando acordado que enquanto não houver o cumprido destes os adolescentes serão mantidos trancados e assim, evitar o
risco de morte aos servidores.
2. Reajuste Salarial
Tendo em vista a proposta da Fundação Casa e o reajuste do convênio
médico muito maior do que o proposto em relação ao reajuste salarial. tendo em vista que o reajuste do convênio médico irá geral impacto direto no salário dos servidores. Tendo em
vista as perdas nos salários acumuladas, propomos:
Que seja zerado os dois
reajustes do convênio médico que foi e será aplicado no decorrente ano, não
sendo efetuado por tanto nenhum aumento nos valores do convênio ou desconto deste reajuste nos salários dos servidores
e ainda a aplicação de mais 7% de reajuste nos salários e nos benefícios de todos os trabalhadores.
3. Pedagogia
Redução da carga horária para 30 hs sem perdas salariais, em
contrapartida, os servidores deste seguimento abrem mão do reajuste de 7%
4. Retaliação aos Grevistas e Pagamento dos Dias Parados
Em hipótese alguma haverá retaliação aos servidores ou
desconto dos dias parados ou qualquer tipo de compensação, além de intervenção do ministério público na
corregedoria da fundação Casa com uma comissão para analisar os processos
administrativos para a verificação de fraudes e abusos cometidos por esta
corregedoria contra os servidores.
5- representação na mesa de negociação e validade Jurídica
dos atos
Aproveitamos o ensejo para notificar que a diretoria deste
sindicato não nos representa por não acatar vontade e deliberação dos
trabalhadores. Assim, fica a diretoria da entidade sindical desautorizada de
negociar ou falar em nome dos trabalhadores nesta mesa de negociação, sendo
legitimado por nós apenas os membros da comissão de base eleitos em assembleia.
Desta forma, além da comissão de negociação de base, o único representante do sindicato que estará
por nós autorizado a acompanhar a mesa de negociação no núcleo será o advogado
da entidade, para que seja validada os aspectos jurídicos.
Requeremos ainda, que seja a direção sindical intimada por
vossa senhoria a anuir as deliberação e negociações efetuadas por nossos
representantes da comissão.
Requeremos ainda que seja determinada a
intervenção do ministério publico do trabalho para acompanhar as assembleias da
categoria para evitar que a direção da entidade sindical tente mais uma vez
manipular estas ou mesmo vir a frauda-las.
Solicitamos ainda intervenção do ministério público na entidade
sindical, visando apurar os desvios de conduta contrários ao estatuto da
entidade, bem como apurar em auditoria as denuncias de fraudes e desvios de
finalidade e de verbas.
Considerando que os trabalhadores tem boa vontade em trilhar
o caminho da negociação e evitar os conflitos, além de acreditarem na mediação
deste tribunal é que buscamos apresentar propostas ora explanada acima,
entendendo que a responsabilidade de apresentar uma resposta neste momento passa a ser da entidade patronal
que a todo momento não mostra-se
disposta a evitar tais conflitos.
Desta forma apresentamos tais propostas e esperamos ser
acatados por vossa Senhoria para que possamos dar resposta aos trabalhadores em assembleia
que esta marcado para sexta-feira dia 20 de maio de 2016 e reiteramos a necessidade da presença do ministério público para evitar
manipulações que possam ocorrer pela parte sindical.
Certos de vossa apreciação,
Nestes termos.
Pede deferimento
Assinado trabalhadores de base.
Nome Unidade RE assinatura