Minhas Impressões Sobre a Mesa de Negociação Hoje 24.04 No TRT.
Companheirada, quero aqui manifestar minha impressão sobre a mesa de Negociação No TRT, uma vez que, como disse no vídeo sou igual a São Tomé preciso ver para crer que dali sairá um acordo com a Fundação.
Mas como também já vi de tudo nestes mais de 20 de Fundação e como cristão que sou acredito em milagres, afinal, para Deus nada é impossível.
Dos pontos positivos que pude observar, quero destacar em primeiro lugar o fato da Presidente da Fundação conduzir as negociações pessoalmente, o fato dela marcar presença na mesa do TRT demonstra respeito ao Tribunal e aos Trabalhadores. Afirmo isso pois nunca um Presidente da Fundação compareceu pessoalmente para negociar, mandavam sempre seus procuradores que sempre se mostravam sem autoridade para negociar qualquer item da pauta.
A segunda questão positiva é como o Desembargador Presidente do Dissidio e a representante da Procuradoria do Trabalho se mostraram centrados aos temas, sensíveis as questões colocadas e, apesar de extremamente legalistas foram propositivos, conduzindo assim a mesa com muita dedicação, ponderando questões de interesse tanto da Fundação quanto dos trabalhadores, conduzindo o processo como grandes mediadores.
A terceira questão, foi a postura dos Dirigentes do Sindicato e de toda a comissão, que buscaram ser propositivos, abertos ao dialogo e a ouvir opinião de todos, atuando os que estavam na retaguarda como verdadeiros consultores, levando informações aos que estavam na mesa para que pudessem criar argumentos sólidos na defesa dos itens mais importantes da pauta, demonstrando aos representantes do Tribunal e da Fundação que, apesar de nossas diferenças estávamos unidos em torno do interesse da categoria, o que faz muita diferença na mesa.
Com exceção do avanço no cargo de Agente Educacional e dos readaptados, as demais cláusulas não causam impacto profundo aos servidores ou a Fundação, demonstrando apenas gestos entre as partes de boa intenção, repito gestos apenas.
Dos pontos negativos, destaco que na pauta apresentada, os erros na redação que deixam temas incompreensivos, ou que, não atingem o objetivo buscado, ou ainda, deixando uma dubiedade na interpretação, deixaram os trabalhadores em alguns debates desguarnecidos de argumentação.
Ressalto que não se pode imputar esta pequena falha a Direção da Entidade Sindical, visto que esta pauta foi debatida em uma assembléia exaustiva de quase 7 horas, passando tais questões desapercebida a todos, inclusive de minha parte e assim devemos com Humildade reconhecer estas falhas e buscar corrigir para no futuro não cometermos os mesmos erros.
Destaco também um outro ponto que entendo ser importante, trata-se da forma como a alta cúpula da Fundação enxerga nós servidores da ponta, pois, quando debatemos a questão da diferença das diárias pagas aos motoristas e aos gestores nas viagens e lançamos os argumentos que o gestor dorme em um hotel excelente com o valor d diária enquanto o motorista é obrigado a procurar uma espelunca em função o valor irrisório, a resposta que obtivemos foi que, é assim mesmo que não pode se comparar um cargo com outro.
Isso nos mostra que, a gestão além de não valorizar seus profissionais e respeita-los com dignidade, ainda não percebem que colocam suas vidas em risco,pois, o humilde motorista muitas das vezes tem que dormir mal, ficando mais cansado, o que coloca sua vida e a dos passageiros em risco.
Outro ponto que confirma isso, foi quando se apontou a questão de cargos de confiança, como os coordenadores, onde a maioria acaba exercendo o cargo por meses sem receber e quando recebem acaba sendo inferior ao que recebe muitos por ele comandado, o que demonstra uma desvalorização e falta de incentivo. Como resposta ouvimos que ninguém é obrigado a aceitar o cargo de confiança e se aceitam é porque assumem o risco por vontade própria.
Mas o pior de todos os pontos negativos que pude observar, foi quando achávamos que a reunião se encerraria com algum avanço, ao ser indagados sobre a não retaliação e o desconto dos dias parados, como propôs o nobre Desembargador na cláusula de paz, vimos que esta acabou sendo por este forçada, uma vez que, a Fundação se mostrou resistente e ainda como se revivesse os filmes passados, o Procurador do Estado representante do Governo na mesa requereu que se constasse da ata que tais questões, bem como as já acordadas deveriam ser alvo de aprovação da comissão salarial do governo.
Esta fala do procurador acendeu em todos nós um sinal de alerta, que a Fundação e o Governo possa querer repetir nesta negociação as mesmas artimanhas de negociações passadas, deixando inclusive o Desembargador irritado que acabou colocando então a necessidade de que na próxima mesa um representante da comissão salarial do Governo venha a compor a mesa.
Como disse no começo, após 14 mesas de negociação no TRT com o Governo do estado e a Fundação, não me surpreendi com este balde de água fria jogado pelo procurador, mas pela postura firme do condutor das negociações que representa o Tribunal, talvez um milagre seja possível.
Por isso chamo a atenção dos servidores, ampliemos o debate com nossos companheiros, em especial com nossas chefias e companheiros que furaram a greve, não os olhemos como inimigos, mas como companheiros que precisamos convencer da importância desta batalha, para que assim, todos sejamos vitoriosos.
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