domingo, 1 de janeiro de 2017

Fundação Casa: Na Guerra Entre Técnicos e AAS Quem Perde São as Vitimas

Mônica Marques 2O governo do estado e a presidente da FC devem estar soltando fogos e gargalhadas já no começo de 2017. 

Afinal o plano de massacre dos servidores esta caminhando de vento em popa.

A instituição que possui uma politica nefasta de desestruturação do corpo funcional, contando para isso com uma corregedoria medíocre, cujo o papel não é de apurar, mas apenas de esconder as mazelas da administração, jogando sobre os servidores toda a responsabilidade pelo caos institucional.

Mas não bastasse isso, a direção da FC ainda conta com o apoio de alguns servidores que, no afã de galgar algum carguinho medíocre , ou de se apresentarem como fodões, agem como verdadeiros hipócritas, com denuncismo barato, ou, com truculência desnecessária, e claro, sempre contra a parte mais fraca da relação.

Uma guerra foi instalada no ultimo dia 29 de dezembro, quando uma técnica registrou um Boletim de Ocorrência contra um Agente de Apoio Socioeducativo - AAS, 

Conforme denunciou o jornal Gazeta Regional, a psicóloga teria sido ameaçada por um a AAS da unidade Guainazes I.


Segundo ainda o mesmo jornal, a técnica teria sido ameaçada pelo fato dela defender os internos de agressão.

Ao verificar que o jornal não ouviu o AAS, o Gigi Fala Tudo tentou ouvir o outro lado, porém o servidor acusado de fazer ameaças não foi localizado. 

Diante disso,  o Gigi Fala Tudo ouviu funcionários da unidade que não quiseram se identificar com medo de represálias.

Os servidores relataram que a psicologa tem reiteradamente atitudes que colocam não só a estabilidade da casa em risco, mas coloca principalmente a integridade dos servidores , uma vez que ela fica em sua salinha confortável e segura incentivando os internos a descumprirem medidas e desrespeitar os servidores, além de suspeitarem que esta leve cigarros entre outras coisas para os internos, o que consideram grave.

"Para mim quem corre com vagabundo é vagabundo também. Essa fulana sempre tenta prejudicar servidor para ficar bem no meio dos internos, garante a segurança dela entregando aos leões pais e mães de família que no máximo tentam se defender das agressões e xingamentos destas cobras que ela chama de meninos indefesos. Só que vários deles já mataram muitos para roubar e usar drogas." dispara um servidor.

" Vocês tem acompanhado o nosso calvário aqui nessa merda, centenas de fugas e rebeliões com diversos servidores feridos com gravidade. Vê se essa maldita estava lá na hora do arrebento em que os servidores estavam rendidos e sendo espancados, não, ela não estava. No entanto, depois ao invés de ela ver a situação dos funcionários que estavam machucados, ela foi ver os agressores internos, para ficar de bem com eles e nós que se foda" esbravejou outro servidor.

Questionados pelo Gigi Fala Tudo se a mesma técnica havia feito algum documento denunciando a falta de estrutura e péssimas condições de trabalho em que estão colocado todos os servidores da unidade, ambos foram unanimes em dizer que não, pois para eles ela não quer enfrentar o verdadeiro responsável que e a direção da FC, mas apenas caguetar e prejudicar os mais fracos que são os servidores que encontram-se desprotegidos.

Questionado e citado a se manifestar por diversos servidores nas redes sociais, o ex-presidente do sindicato Antonio Gilberto da Silva com 25 anos de experiência  expôs o seguinte pensamento que abaixo reproduzimos.

"Caros companheiros e companheiras, é inadmissível a postura adotada tanto por parte da técnica, quanto por parte do AAS no episódio que, após exposição a sociedade, só vem a corroborar com a piora nas relações de trabalho entre os profissionais desta fundação.

Pior que isso, tais atitudes só vem a proteger o verdadeiro responsável pelo caos institucional, que é o governo do estado, pois ele cria essas verdadeiras arenas, coloca servidores e internos para se digladiar, enquanto o governo assiste de camarote a espera da cabeça  a ser decepada.

Esta divisão entre a equipe técnica e agentes de segurança vem se alastrando nos últimos anos, pois no passado poderia até haver esta divisão, porém as diferenças desapareciam com respeito mutuo entre as partes.

Mais que isso, todos sempre buscavam conjuntamente a melhor forma de atuação para o bem das unidades e da instituição, assim agiam conjuntamente. Aqueles que não buscavam o bem comum a todos, eram obrigados a se retirar e não se firmavam na instituição.

Era assim que as melhores unidades funcionavam, mesmo com super lotação, que sempre foi uma constante na instituição.

Unidades como a UE 15, comandada pelo então diretor Marinho, UE 9 que tinha a frente Dona Marlene, UE 12 comandada por Paulo Rossato, Imigrantes com Lucimar, Antonio Manoel, Silas e Geraldo Padredi, Francão com Cavalcante entre tantas outras, apesar das adversidades e super lotação funcionavam como um relógio.

Nessas unidades, por perspicácia, conhecimento e inteligencia dos diretores, este tipo de atrito não se sobrepunha ao interesse do coletivo, pois quando aparecia um técnico sabichão metido a superior só por ter curso universitário, era de imediato colocado no lugar dele, era mostrado que sem o coletivo ele não fazia nada.

Da mesma forma quando aparecia um AAS metido a truculento e a juiz, também era colocado em seu devido lugar.

Mas meus  nobres,  quando a casa partia para o arrebento, rebelião e tumultos, todos estavam ali unidos, os sabichões superiores e os truculentos, cada um fazendo sua parte, colocando seu tijolinho para resgatar a paz e a segurança tão necessárias para todos.

É louvável que uma psicóloga que gastou anos de sua vida estudando a mente humana, seja capaz de forma ininterrupta entender  e tentar recuperar um adolescente infrator, mesmo tendo ele cometido crimes bárbaros contra a sociedade. 

Mas é inadmissível que esta mesma psicóloga, não tenha a mesma capacidade de entender seu colega de trabalho que, diante da falta de estrutura, falta de segurança no trabalho, diante do medo de ficar mutilado ou ser morto em uma rebelião, venha a cometer um erro.

Não é admissível alguém que se diz profissional da psicologia, não entender um  momento de descontrole de seu companheiro de trabalho que acaba usando desnecessariamente a força, ainda mais diante do adoecimento mental por qual passa a maioria absoluta  dos servidores, incluindo-se ai os técnicos.

Será que o fato da companheira denunciar o AAS sem buscar primeiro denunciar as péssimas condições trabalho que o levam a isso está correto?

Será que denunciar um pai de família que só esta ali para levar o sustento aos seus filhos, e que também está submetido a  uma situação de adoecimento mental em função do trabalho, não é agir de má fé? 

Será que a companheira só foi capacitada para entender e buscar ajudar o infrator depois de condenado, ou será que sua capacitação e profissionalização deveria atender a todos?

Será  que a companheira vai buscar de forma medíocre denunciar e encarcerar o trabalhador, para só depois que ele estiver do outro lado das grades usar suas técnicas para entende-lo e buscar reabilita-lo?

Por Outro lado, os AAS devem por obrigação entender que não são juízes ou justiceiros, não podem olhar o vagabundo infrator como alguém que não tenha direitos.

Sim vagabundo infratores, apesar dos técnicos não gostarem desta linguagem, mas é o que são os internos da FC, vagabundos, infratores e criminosos, e não adolescentes em conflito com alei como adoram esbravejar os defensores de marginais mirins.

Entendo que adolescente em conflito com a lei é meu filho Gabriel de 16 anos, que estuda 16 horas por dia entre escola e cursos, e que mesmo diante de todas as dificuldades que passamos, nunca pegou um prego de ninguém e ainda luta pelos seus sonhos.

Ele sim esta em conflito com a lei de Alckmin que tentou fechar a escola que ele estudava, não aceitando foi pra cima e com meu apoio e apoio da maioria da sociedade.

Mesmo sendo os internos da FC verdadeiros bandidos, não cabe  aos servidores a prática de tortura e agressões, afinal somos representantes da sociedade e do estado em nosso local de trabalho, e, é a esta sociedade que devemos prestar contas.

Para que a sociedade continue a confiar em nós e em nosso trabalho, devemos agir dentro da estrita legalidade, gostando ou não devemos respeitar os direitos dados pela própria sociedade através das leis  aos marginais que cuidamos, pois o que diferencia os homens  de bem dos homens maus, não é o cargo, a função ou a farda, mas o estrito cumprimento da lei.

Por isso é inadmissível que alguns pouquíssimos colegas  de pátio quando a casa esta na mão, abusem de sua autoridade ou de seu poder, ou ainda, cometam abusos e agressores gratuitas contra internos já imobilizados, pois a isso não se dá o nome de justiça, mas de covardia.

Aos dois seguimentos Técnicos e AAS, cumprir as prerrogativas da lei, não singuifica se acovardar e compactuar com os desmandos da casa, pois quem acaba se fortalecendo é o interno, e sabemos que ao se fortalecerem tomam a casa de assalto, nos agridem, nos mutilam ou até mesmo nos matam como aconteceu recentemente com o companheiro Chiquinho de Marilia.

Nosso inimigo comum não esta no adolescente, menos ainda em outro profissional. Nosso inimigo comum esta no estado e seus governantes, que criam essas verdadeiras arenas para que nós e os internos verdadeiras vitimas, sejamos os personagens do espetáculo, enquanto eles se deliciam de nossa desgraça.

Em 25 anos de instituição, sempre me pautei pela lei e pela ética, sempre me pautei na defesa dos direitos, seja dos servidores, seja dos marginais infratores. 

Nunca me curvei a direções e governos autoritários e arbitrários, que sempre esfolaram e se beneficiaram do sangue  que mancham os pátios, sangue este escorrido da alma de servidores e internos, verdadeiras vitimas.

Como sempre diz um grande profissional desta fundação Paulo Sergio Farias, "quando gato e rato andam juntos algo esta errado". 

Em 25 anos de instituição, aprendi que quando o servidor de qualquer área anda muito abraçado com o ladrão, ou ele esta com medo, ou ele esta se beneficiando, ou esta vendendo o companheiro ou pretende vender.

Exemplo disso, foi aquela diretora irmã de um ex-presidente que ferrava os servidores mas engravidou de um interno violando  a própria lei.

Do padre que vivia nos acusando de torturadores, mas que adorava ficar no altar sendo currado e cometendo atos libidinosos com internos, ou ainda, na quadrilha de advogados do crime organizado, onde um membro é dos direitos humanos e se beneficiava dando nomes de funcionários para serrem atacados pelos bandidos, em troca recebia quantias polpudas de dinheiro.

Por mais que o servidor seja compromissado na recuperação do interno, ele não esta ali para privilegiar, ser amigo, ou se submeter as vontades do internos, pois foi estas mesmas vontades que levou os adolescentes para lá, pelo simples fato de não colocarem limites neles.

O servidor tem que entender que seu papel ali é de impedir que o interno fuja, que ele se rebele e deixe de cumprir as medidas a ele imposta pela lei , pela sociedade e pelo juiz.

Ao companheiro AAS gostaria de dizer que, não se ameaça ninguém, menos ainda um colega de trabalho, por mais errado que esteja tem os caminhos e mecanismos corretos para se coibir isso, e um desses mecanismos é o dialogo e a humildade para ouvir e reconhecer o erro.

Para a companheira técnica, gostaria de dizer que no meu primeiro ano de Fundação, vi uma das melhores técnicas desta empresa presenciar um servidor em função do stress gritar e partir para cima de um interno que o desacatou na frente dela. 

De imediato na frente do interno ela saiu em defesa do servidor, posteriormente sozinha com o servidor e com a equipe na avaliação, ela chamou a atenção do servidor e o orientou, e este servidor com humildade ouviu e anos depois ele foi o melhor diretor que esta fundação já teve, bem como sua unidade nunca se quer teve um funcionário processado ou demitido.

Questionada por mim porque ela tomou aquela atitude, dona Regina foi bem clara, ser contra o servidor mesmo errado na frente do interno, é o mesmo que ser contra mim mesma, porém posteriormente mostrei a ele que não compactuo com qualquer abuso ou arbitrariedade contra interno, e assim dentro da minha ética profissional respeitei ambos, infratores e trabalhadores, sem prejudicar ninguém e ao mesmo tempo educando os dois, foi para isso que estudei.

A companheira dentro de seu mister gloriosos da psicologia, deve ter sim superioridade, não para detonar um pai de família, mas para compreende-lo e corrigi-lo, não apenas como técnica, mas como amiga, pois diante das adversidades por qual ambos passam dentro da instituição, todos são passiveis de erros e de recuperação, bastando apenas a boa vontade de quem se propõe a recupera-los.

Espero que esta divisão medíocre acabe e que todos se unam pelo bem comum, pois só assim construiremos uma fundação justa para todos inclusive para os internos."

Antonio Gilberto da Silva Ex- presidente do Sitraemfa gestão 1999/2004 

Por: Gilberto Braw

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