|
O guerreiro Jefferson Justino Martins esta de volta e de cabeça erguida |
A exatos 5 anos e 1 mês, no dia
16 de outubro de 2010, num sábado, às 17:30hs, Jefferson Justino Martins servidor da Fundação casa de São Paulo, recebia um telegrama que desferia o maior golpe de sua vida pessoal e profissional.
Com os olhos cheios de lágrimas, indignado, foi amparado nos braços por sua esposa, que ao ler o telegrama também chorou e se revoltou, mas acima de tudo, ambos juntos e muito unidos pelo amor e pela fé sairam a luta contra tal injustiça.
No texto trazido no corpo do telegrama, a mensagem medíocre emitida pela Direção da Fundação Casa de São Paulo, avisava sobre o desligamento do profissional que a mais de 19 anos prestava serviços com honra a instituição.
|
Guerreiro e grande pai |
Apoiados em um processo
administrativo fajuto, viciado e fraudulento, onde os princípios constitucionais foram rasgados. Sem direito de defesa, um Processo Administrativo instaurado em cima de uma
sindicância do ano de 2006, sindicância que havia sido concluída com o pedido
de arquivamento, que deixava bem claro que ele não havia praticado falta funcional.
No então, o corregedor geral que à época dos fatos não sabia o que era Fundação Casa, simplesmente por pura perseguição politica instaura o Processo e o demite, contrariando todos os preceitos legais, constitucionais e éticos em tempo recorde de 4 meses de forma sumária.
A perseguição politica da corregedoria a exemplo do que vem acontecendo hoje, foi concluído cheio de irregularidades e vícios, sem ouvir nenhuma testemunha, sem que houvesse qualquer dado novo, de relevância para concluir pela demissão.
|
Guerreiro e grande marido |
Mas esta postura persecutória do corregedor contra Jefferson Justino Martins, tinha um claro motivo. Jefferson com mais de 19 anos de Fundação, era reconhecidamente uma liderança entre os trabalhadores, em especial detre aqueles que ele já havia conduzido no dia a dia, nos cargos de coordenador e de diretor de unidade, o que amedrontou a direção da instituição.
Mas Jefferson não era apenas um líder nato entre os servidores, ele se opunha negando-se a fazer o papel sujo imposto pela direção da instituição e corregedoria que, visivelmente impunha uma politica absurda para que os cargos de confiança criassem meios para prejudicar e demitir os servidores.
Remanescente do pátio, forjado em muitas rebeliões, adepto do pensamento de coletividade, respeito e união entre o corpo funcional, disse ele não a proposta da administração em fritar pais e mães de família em processos viciados com o intuito de esconder a incompetência administrativa da gestão governamental.
Mas se nosso caro navegante acha isso absurdo, ainda não viu o maquiavelismo da politica nefasta do Governo do PSDB frente a gestão da Fundação Casa.
|
guerreiro e grande amigo |
Para que não houvesse
possibilidade dele se safar da justa causa, a administração promoveu a demissão num
sábado, mas antes, o mandaram recambiar alguns internos para cidades do
interior, tirando ele de cena por completo, para desta forma, concluírem sua demissão.
Atordoado, mas de cabeça em pé e com seu orgulho de profissional ferido, Jefferson não esmoreceu, levantou olhou para a frente e foi combater o bom combate.
Buscou apoio em seus representantes legais, no entanto, o Sindicato virou as costas para ele, pois, era visível o acordo entre a direção sindical e a gestão da Fundação Casa.
A entidade sindical chegou a cometer o absurdo de lhe negar assistência jurídica, mesmo sendo ele sindicalizado, o que ele promete cobrar os prejuízos com gastos em advogado particular na justiça.
Foram 5 anos de muita
dificuldade, gastando o que tinha e o que não tinha com advogado, para provar sua inocência e assim buscar sua reintegração.
|
Um guerreiro que não se deixa abater e hoje comemora a vitoria |
Como todo chefe de família, precisava alimentar os seus e foi a luta labutando como motorista de Táxi a noite, colocando em risco sua própria vida.
Sempre antenado nas questões da categoria, ajudou a organizar as duas ultimas greves, convocando para a luta todos aqueles servidores que nele sempre confiaram, aumentando assim o ódio e perseguição da direção da instituição.
Derrotado no processo judicial em primeira instância, nosso guerreiro se manteve firme, contando apenas com o apoio da família e de amigos leais. A guerra jurídica era intensa, a administração jogava todas as suas fichas, influência politica e argumentos covardes com o intuito de derrota-lo.
Em segunda instância, em função da falta de atenção do relator, novamente Jefferson foi derrotado.
Mas como existe um Deus vivo que é o senhor da justiça e da honra de todos aqueles que guerreiam pela justiça, em decisão unânime, o Tribunal Superior do Trabalho determinou a reintegração deste honrado servidor.
A reintegração de Jefferson, não é apenas mais uma das milhares de batalhas que estão sendo travadas no judiciário, contra os absurdos cometidos pela administração de Berenice Giannela e de seu fiel escudeiro Jadir Pires Borba que comanda a corregedoria da instituição.
A reintegração de Jefferson traz a tona todos os abusos e absurdos cometidos por uma politica nefasta implantada pelo PSDB que, utiliza-se de um órgão que não existe legalmente, comandado por um corregedor que além de ter relações com a pastoral do menor em prejuízo aos servidores, foi reprovado em concurso publico para advogado da própria instituição, conforme observou em seu relatório o ex deputado estadual Antonio Mentor.
A jurisprudência criada pelo TST ao determinar a nulidade do processo administrativo que demitiu Jefferson Justino Martins, vai servir para desfazer os abusos e absurdos cometidos por esta corregedoria nefasta contra milhares de servidores da Fundação Casa de São Paulo comandada pelo PSDB.
Para nós do blog Gigi Fala Tudo, em especial para este jornalista que lhes escreve, foi uma honra e um orgulho enorme ser o primeiro a ser comunicado pelo próprio companheiro Jefferson de sua reintegração.
Depois de um forte abraço, com os olhos cheios de lágrimas pela vitória conquistada, este guerreiro que não se curvou as injustiças, que não aceitou vender seus companheiros para se manter em cargos, que se manteve de cabeça erguida e com sua honra intacta, desabafou dizendo as seguintes palavras que abaixo reproduzimos.
"Foram 5 anos de tortura e de humilhações, sentindo na carne a dor da injustiça, de ser condenado por algo que não fiz. Fui perseguido, humilhado, achincalhado inclusive por pessoas que muito ajudei.
|
Deus, a família e verdadeiros amigos foram sua força |
Dependi da solidariedade de
amigos e familiares, alguns em especial, como Henrique Inocêncio, funcionário
em Pirituba, Juliano Honório, funcionário da Vila Maria e do grande companheiro Gilberto Braw, ex
presidente do Sitraemfa e editor do Gigi Fala Tudo.
Minha família esteve sempre
comigo, minha esposa Maderleyne e minhas filhas Giulia e Yasmim que eu amo de todo meu coração e alma, que realmente fizeram a diferença para que eu me mantivesse em pé e de cabeça erguida.
Anos de luta que hoje fui contemplado,
com a graça de Deus e estou retornando à fundação, reintegrado e confiante de
que vou poder retomar minha dignidade que tentaram arrancar de forma covarde e injusta.
Lamento não poder ter contado com a ajuda do
sindicato que sempre contribui, lamento ver que estou voltando e sem
representatividade, sem sindicato, que corro o risco junto com outros quatorze mil servidores ser novamente
demitido, pois a coisa esta caminhando pra isso.
|
A humildade de um guerreiro é o que o conduz a vitória |
Mas espero que meu exemplo e dignidade sirva de espelho para esta categoria, que deve sim levantar a cabeça, colocar o orgulho a frente e ir a luta para defender não só o nosso emprego, mas esta instituição que tanto amo, que é publica e por tanto do povo e não desta gestão que age de forma abusiva como ficou provado em meu processo e no de centenas de outros servidores perseguidos.
Fui um agente íntegro, um
coordenador de unidade e de segurança que nunca respondeu um P.A. Fui um
diretor de unidade, nomeado por mérito e não por conchavos políticos, nunca agi
à favor dessa cúpula que aí está, por isso paguei o preço, mas volto de cabeça
erguida sem dever nada a eles.
Paguei caro por dizer à verdade, mas a verdade
prevaleceu e me libertou e voltei, agora cabe somente mostrar à justiça o que sofremos na
fundação, onde somos acusados de coisas que não cometemos.
Paguei por um crime de coronéis,
que infelizmente, o maior responsável, já se foi, o coronel Viana, pois o grupo
que atuou na unidade que eu dirigia não era subordinado a mim e nem à fundação, eram pessoas da SAP conforme bem tem denunciado o Jornal Língua Afiada do Blog Gigi Fala Tudo.
Quero deixar esta mensagem a todos os servidores desta instituição, que tenham fé em Deus pois ele é justo, não se curvem a covardia ou a mediocridade.
Nunca vendam sua honra e dignidade por cargos ou valores, pois não tem coisa melhor do que poder andar de cabeça erguida sem ser apontado por ninguém. Acima de tudo, confiem sempre em seus companheiros de equipe, de unidade e de Fundação, pois o dia que todos nós unidos como um só falarmos a uma só voz chega de abuso, podem ter certeza que toda a tirania vai cair e se espatifar no chão."
Nós do Blog Gigi Fala Tudo queremos parabenizar este grande guerreiro, que não se curvou a mentira, ao poderio governamental, e mais que isso, não traiu a categoria estando dentro ou fora da instituição e, que seu exemplo sirva de exemplo e de motivo para que esta categoria tão sofrida, que vem sendo esfolada pela direção da instituição e enganada pela direção sindical, vá a luta e decrete nos próximos dias uma mega greve com uma unica finalidade, COLOCAR UM PONTO FINAL NA TIRANIA DA INSTITUIÇÃO E NA PATIFARIA DA DIREÇÃO SINDICAL.
Parabéns Jefferson Justino Martins por esta conquista, seja bem vindo guerreiro é isso que lhe deseja toda esta categoria.
Por: Gilberto Braw