Hoje ocorreu a assembléia dos trabalhadores da fundação casa de são paulo.
Os poucos gatos pingados que participaram (visto que a direção proibiu a vinda de quem não era sócio, mesmo a campanha salarial sendo de todos), verificaram que a fundação não ofereceu nada e os trabalhadores trucidados diariamente pela fundação e corregedoria, saíram de lá apenas com um estado de greve minguado, greve esta diga-se de passagem, o sindicato trabalha para que não ocorra, buscando de todas as formas esvaziar o movimento e assim manter seus compromissos com a direção da FC.
O que mais impressionou os servidores, foi o fato da direção do sindicato novamente contratar seguranças a peso de ouro para 3 finalidades.
A primeira, para votarem junto com a direção mesmo não fazendo estes parte da categoria, a segunda para intimidar os servidores que se opõem a direção e a terceira para impedir a entrada do ex-presidente do sindicato Gilberto.
Segundo informações prestadas por diretores do sindicato Gilberto mal acabou de ganhar a reintegração na justiça, já havia novamente sido desligado uma vez que a Fundação conseguiu efeito suspensivo no TRT da decisão que determinou a tutela antecipada, permanecendo a decisão favorável, porém sem o cumprimento imediato da reintegração.
Diante desta informação, alguns servidores ligaram para Gilberto, que para a nossa surpresa, ainda não sabia do efeito suspensivo, e não havia comparecido a assembléia por ter hoje reunião com seu orientador do curso de pós graduação.
Ora! caros amigos, se o processo trabalhista tem como parte apenas o autor que é Gilberto e a Fundação que é a Ré, apenas estes detinham as informações dos tramites do processo, assim só eles tem acesso as informações contidas nele.
Diante disso, ficando constatado que Gilberto não sabia do efeito suspensivo é evidente que foi a fundação que informou o sindicato sobre a decisão do TRT.
O sindicato por seu turno informado pelo patrão, rapidamente providenciou seguranças para impedir a entrada do ex-presidente que poderia com seus esclarecimentos levar a categoria a decretar a greve hoje.
Essa postura da direção sindical demonstra sua relação intima e de interesses com direção da fundação e claro, contra o interesse dos trabalhadores.
Esta prática da direção do sindicato monstra que a direção sindical é aliada do patrão, ao invés de ser aliado dos servidores.
Pior que isso, o sindicato em sua página esclareceu a categoria que só poderiam vir nas vans do sindicato apenas os sócios, e que, essa era uma exigência dos próprios sócios que cobraram da direção uma vez que o dinheiro gasto era dos associados.
Ora! fica então a pergunta: Será que a direção do sindicato consultou os sócios para contratar seguranças para impedir a entrada de trabalhadores e, até com o intuito de intimida-los?
O que o sindicato mostra de forma covarde é que para ampliar a luta e beneficiar a categoria não pode gastar o dinheiro do sócio, mas para intimidar a categoria a participar e beneficiar assim a direção da fundação pode.
Outra coisa que a direção sindical mostra em sua faceta, é que não interessa enfrentar a direção da FC e sua corregedoria que a cada dia, abre mais e mais processos fraudulentos e absurdos para demitir trabalhadores, curiosamente muitos destes trabalhadores são aqueles servidores que também são desafetos do sindicato.
Uma coisa é certa, nunca na história da Fundação e de um sindicato se viu as direções terem tanto medo de um ex-presidente como tem a FC e o sindicato do Gilberto, demonstrando que ele tem capacidade de organizar a categoria, visto que os oito anos que ficou longe demitido não houve greve e justamente nos dois anos em que ele voltou teve duas greves.
Até quando a categoria vai ficar aceitando os golpes do sindicato, assistindo eles andarem de braços dados com a fundação prejudicando os trabalhadores?
Talvez o que falte a categoria é coragem para tomar providencias e atitudes mais seria contra a pelegada, dizer basta aos desmandos da fundação que mais um ano vai demitir centenas de servidores que vão ter reajuste no convênio médico, porém nem um centavo de reajuste nos salários.
Por: Henrique Bodezan