Francisco Calixto |
Os trabalhadores da Fundação casa de São Paulo amanheceram de luto, pois mais um pai de família foi assassinado no interior das unidades da instituição.
Desta vez a vitima foi o servidor Francisco Calixto de 51 anos, assassinado por internos na unidade de Marília no dia de seu aniversário.
Durante a rebelião que teve inicio as 21 horas desta terça feira, dois internos (segundo noticias postadas nas redes sociais), cravaram um cabo de vassoura na garganta do servidor que, não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
De quem é a responsabilidade
Se engana o caro internauta que acha que a responsabilidade pela morte de Calixto é unica e exclusiva dos internos que cravaram a estaca no pescoço do servidor.
Os verdadeiros responsáveis são em 1º lugar a direção da Fundação Casa e o governo do estado de são paulo gerido pelo PSDB a mais de 25 anos, onde a direção faz uma administração nefasta e absurda, precarizando o atendimento e a segurança, inflando os custos da administração com entidades sociais que em nada resolvem os problemas de recuperação dos internos infratores, mas consomem recursos consideráveis em contratos fantásticos.
Não bastasse isso, a administração de Berenice Gianella que a 12 anos esta na presidência da instituição, instalou o caos e o medo nos servidores que são impedidos de atuar efetivamente na recuperação dos internos.
Para isso, ela usa de uma corregedoria medieval, onde parte dos corregedores auxiliares se quer são advogados, mas instruem processos políticos administrativo para perseguir e demitir servidores que não compactuam com sua politica de sucateamento da instituição.
O 2º responsável, o sindicato da categoria profissional que filiado a CUT, vem fazendo parcerias com o PSDB em larga escala, favorecendo os interesses do governo em detrimento a vida e os direitos dos servidores.
Para isso, a direção pelega nefasta, utiliza-se dos meios mais escusos como fraudes eleitorais para se manter no poder e assim privilegiar os interesses do governo, chegando a usar do expediente de contratar seguranças para agredir os próprios trabalhadores ou ainda de desrespeitar as deliberações de assembléia.
Se omite ainda a entidade sindical de requerer em seus dissídios coletivos o cumprimento da clausula de segurança que garante aos servidores o direito de não ingressarem nos locais de trabalho sem as devidas condições.
Em 3º lugar o MP e MPT que tem conhecimento de todas essas maracutaias e fraudes cometidas pela gestão da FC e da entidade sindical, mas nada fazem, usando sempre da desculpa que não é de sua competência para apurar, mas observamos que quando lhes é do interesse, estes órgãos intervem em outras entidades sindicais.
Em 4ª lugar o TRT da 2ª região, que teve a capacidade de julgar em 2004 um dissidio coletivo dando uma clausula de garantia para os servidores na questão da segurança, mas nunca obrigou a FC a cumprir, e pior, nos últimos dissídios coletivos da categoria, indiretamente vem obrigando os servidores a retornarem ao trabalho durante as greves mesmo sem que estes tenham as minimas condições de segurança.
Por ultimo, e não menos responsável os próprios trabalhadores da FC, onde muitos em troca de um carguinho de confiança vendem até a mãe, quem dirá seus pares.
A maioria absoluta dos servidores já foram vitimas de rebeliões e das péssimas condições de trabalho, a maioria absoluta não aceita a politica de conchavo orquestrada pela direção sindical junto a direção da FC.
No entanto, na maioria das vezes por medo, covardia ou oportunismo se calam e assistem o circo pegar fogo com seus companheiros de trabalho dentro.
Pior que isso, vemos a coragem de fazer uma greve monstruosa pelo salário, mas não tem coragem de mover um grão de areia em defesa de seus direitos e melhores condições de trabalho, ou, contra a forma espúria e medieval com que são tratados pela gestão e corregedoria fraudulenta.
Muitos hoje pela manhã de forma falsa e medíocre, postavam bandeirinhas de luto em seus faces e zaps, porém, muitas postagens se davam em função do provisionamento do pagamento e sobre as letras do PCCS, demonstrando que seus sentimentos não passavam de mero falsete.
Em 2004 quando o então servidor Rogério Rosa também foi assassinado no interior da unidade Franco da Rocha, a maioria dos servidores se quer tinham o segundo grau, no entanto, não precisou o sindicato mobilizar a categoria, pois esta se mobilizou sozinha, pois apesar do pouco estudo a maioria tinha vergonha na cara e dignidade nos ombros e impôs a maior derrota que a FC já vivenciou.
Em 3 meses de greve sem ter um único dia descontado, os servidores conquistaram a garantia de não ingressar para o local de trabalho sem segurança, e mostraram para a FC que sem seus servidores a gestão não era nada derrubando seguidamente dois presidentes e um secretários de estado.
Hoje, ao contrário de 2004, a categoria é formada na sua maioria por profissionais de nível superior e universitários, no entanto, mesmo com tanto estudo, parece que não aprenderam que a sua vida e a vida de seus colegas é mais importante que míseros 5,5% de aumento salarial.
Os servidores da FC precisam reaprender a garantir seus direitos fundamentais, entre eles o direito de sair para trabalhar e conquistar o pão para seus filhos com dignidade, sem sofrer agressões ou perder a vida, pois como bem dizia o Bastião de Birigui, velho simples sem nenhum estudo mas de sabedoria milenar " Não adianta juntar um montão de dinheiro se para isso custar a dignidade e a vida, pois no caixão nenhuma moeda tem valor , nem o Dollar".
Em um vídeo de 17 minutos, o ex-presidente do sindicato Gilberto informa a categoria os caminhos para mudar esta situação, fala da privatização e presta solidariedade aos familiares e amigos do companheiro Francisco Calixto.
"Somente com luta haverá o amanhã com sol, pois sem luta só nos restará as trevas" Sebastião de Birigui
Por Gilberto Braw
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