Alckmin prestigiou evento do candidato Ney Santos.
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Os políticos não podem ser crucificados por aparecer ao lado
de suspeitos ou foras da lei durante campanhas eleitorais: ok. Mas, em 2010, o
tucano Geraldo Alckmin caprichou. Em declaração entusiasmada (vídeo abaixo),
ele pediu votos para o candidato a deputado estadual do PSC Claudiney Alves dosSantos, vulgo Ney Santos.
Após as eleições, Santos foi detido sob acusação de
ser o maior receptador no Estado de bens comprados com dinheiro do PCC.
Ele
tinha em seu nome Ferrari, Porsche e fortuna de R$50 milhões. Santos ainda é
apenas um suspeito, pode ser um bom rapaz, mas a dúvida se instala: Alckmin o
apoiou por gosto, orientação de assessores ou foi sem querer, ingenuamente, que
pediu votos para um homem visto como chefão do PCC paulista, a mesma
organização que jurou o mesmo Alckmin de morte?
Via Brasil 247 em 18/10/2013
O governador Geraldo Alckmin talvez ainda não saiba, mas
bomba nas redes sociais um vídeo composto por duas cenas, em tempos e situações
diferentes, com um personagem em comum, mas das quais Alckmin só está presente
apenas em uma delas.
Cena 1. Durante a campanha eleitoral para o governo de São
Paulo, em 2010, o então candidato tucano é visto num recinto fechado, em torno
de pessoas que parecem fazer parte de uma das torcidas organizadas do Santos
Futebol Clube, do qual ele notoriamente é torcedor. Gravado por pelo menos duas
câmeras, o futuro governador profere um enfático, entusiasmado e irretorquível
pedido de votos ao candidato a deputado estadual Ney Santos, do PSC, um jovem
com ar de brucutu e camiseta de campanha ao seu lado.
Cena 2. No vídeo seguinte, no mesmo anexo, assiste-se a uma
notícia completa exibida no Jornal da Record, que registra a detenção
provisória, após as eleições, do mesmo Ney Santos.
Ele fora investigado pela
polícia por um súbito enriquecimento pessoal, que o levara a sair da cadeia e, nos
cinco anos seguintes, acumular uma fortuna que proporcionava ao nome dele a
propriedade de uma Ferrari avaliada em R$1,2 milhão, uma Porsche igualmente
cara, imóveis e bens de alto valor.
Fortuna pessoal estimada em R$50 milhões,
com direito a propriedade de vários postos de gasolina. Suspeitava-se que
Santos havia se tornado o maior receptador de dinheiro obtido pelas atividades
criminosas do PCC – Primeiro Comando da Capital.
Em 2011, presidiários que a polícia considera como
integrantes do PCC foram grampeados num telefonema em que informavam um ao
outro sobre a “decretação” da morte de Alckmin e outros políticos do governo
estadual pela cúpula da organização criminosa.
Em outro evento da campanha de Alckmin, Santos comparece com seus correligionários |
Tolinho – Por qualquer ângulo que se olhe, a situação é
politicamente singular, porém familiar. O tempo em que políticos eram
crucificados por aparecerem, em suas campanhas eleitorais, ao lado de
personagens suspeitos ou envolvidos em crimes já passou.
Compreende-se que as
escolhas são, na grande maioria das vezes, involuntárias. O político é
procurado e, normalmente, já sai falando a favor de quem o procura, especialmente
se for de partido coligado, como era o caso do PSDB com o PSC.
Mas para quem agora tem a redobrada obrigação de enfrentar o
continuado crescimento do PCC, Alckmin, no mínimo, se mostrou um grande ingênuo
no passado recente.
Certamente ele não se sentiria ofendido em ser chamado de
tolo por isso. Melhor do que ser apontado, ou aparecer e reconhecer, que sabia
exatamente para quem estava pedindo os votos do povo, no caso da
impressionantemente forte declaração de apoio a Nei Santos. Certo ou não?
Desse episódio que, para o vídeo que você assistirá abaixo,
já despertou quase 100 mil visitas no YouTube, o que se retira é: mais cuidado,
governador, na próxima campanha. E, pede-se, esclareça o que ocorreu nesse
episódio de apoio ao suspeitíssimo Ney Santos em 2010. Clik no vídeo para assistir
Fonte: Site Limpinho & Cheiroso
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