Conselho de Segurança da ONU condena golpe de Estado em
Burkina Faso
Os 15 países-membros do Conselho de Segurança da Organização
das Nações Unidas (ONU) "condenaram veementemente” nessa quinta-feira (17)
o golpe de Estado em Burkina Faso. Eles citaram a possibilidade de sanções contra
os golpistas, se não entregarem o poder.
Em declaração unânime, os países reiteraram o pedido de
libertação imediata do presidente, Michel Kafando, e do primeiro-ministro,
detidos pelos autores do golpe militar. Eles exigiram que os autores do golpe
"restaurem a ordem constitucional e entreguem o poder às autoridades civis
de transição sem demora". Pediram ainda que seja respeitado o calendário
da transição, "incluindo a realização de eleições livres e credíveis”,
previstas para 11 de outubro.
"Os autores dessa tomada inconstitucional do poder pela
força devem prestar contas", afirmam os 15 países, que se dizem
"preparados para tomar medidas adicionais, se necessário".
O conselho pediu também a Burkina Faso que evite a
violência.
Além disso, reafirmou o “forte apoio” aos esforços de
mediação do representante da ONU na África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, que
se encontrou ontem com o líder dos autores do golpe, o general Gilbert
Diendéré.
Em entrevista hoje (18) ao semanário Jeune Afrique, Diendéré
disse que a ação foi motivada pela grave situação de insegurança pré-eleitoral
e prometeu libertar as autoridades da transição.
Os dois candidatos favoritos na eleição presidencial de 11
de outubro em Burkina Faso, Zephirin Diabré e Roch Marc Christian Kaboré,
também condenaram o golpe de Estado.
Fonte: Agência Brasil
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