Hospital da PM do Rio enfrenta crise e pode perder
residência médica
Os 84 médicos residentes do Hospital Central da Polícia
Militar do Rio de Janeiro poderão deixar a unidade de saúde por falta de
condições de manter a residência no local. A Comissão de Residência Médica
(Coreme) do hospital comunicou à Comissão de Residência Médica Estadual que não
será possível fazer concurso para o próximo ano e pediu a transferência dos
residentes para outros hospitais.
No entanto, o descredenciamento dos residentes só ocorrerá
se a Comissão Nacional de Residência Médica julgar necessária a transferência
para outra unidade, o que não é desejo da maioria que quer permanecer no local.
Por isso, o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (Sindmed-RJ) e os
residentes manifestaram a necessidade da visitação da comissão nacional o
quanto antes para definir a situação da unidade hospitalar.
O residente Igor Meneze disse que a residência em cirurgia
foi uma das mais afetadas com a precariedade do hospital. Segundo ele, até
março deste ano, havia um volume intenso de cirurgias, com a diminuição
progressiva da fila de espera. Mas que, a partir de abril, iniciaram os
problemas com a suspensão de procedimentos cirúrgicos por diversos motivos,
como a falta de compressa e de bandeja esterilizada, entre outros itens.
“O fim da picada foi a suspensão do centro cirúrgico porque
a gente tinha um volume muito grande de cirurgia. A gente está numa situação
crítica e a fila está crescendo porque o ambulatório não foi suspenso, o que
provoca o aumento do número de pacientes na fila para cirurgia. O serviço ficou
ruim para todo mundo. Todas as clínicas estão sendo afetadas porque falta
material”, disse.
A Polícia Militar informou, por meio de nota, que, a partir
de informações do diretor geral de saúde, coronel Arthur Baeta, apenas 24
leitos estão fechados e 196 estão ativos. Além disso, três centros cirúrgicos
em funcionam normalmente e dois estão inoperantes. “O motivo de estarem
fechados é que o contrato da empresa que compõe o quadro suplementar de
técnicos de enfermagem encerrou dia 31 de agosto e um novo contrato está sendo
elaborado.”
Fonte: Agência Brasil
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