STF concede 30 dias para defesa de Fernando Collor
Eduardo Cunha e Fernando Collor denunciados na operação Lava Jato |
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu
hoje (1º) mais prazo para o senador Fernando Collor (PTB-AL) apresentar defesa
ao tribunal. Com a decisão, os advogados terão 30 dias para rebater as
acusações contra o parlamentar. Antes, o prazo era de 15 dias. Há duas semanas,
Collor foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção
em um dos inquéritos da Operação Lava Jato.
O Supremo concedeu mais prazo para a defesa após os
advogados de Collor alegarem que não tiveram acesso aos documentos que
embasaram a denúncia da procuradoria. O relator da investigação da Lava Jato no
STF, ministro Teori Zavascki, manifestou-se contra a prorrogação do prazo,
afirmando que os documentos estão disponíveis na secretaria do tribunal. Teori
foi voto vencido. Os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello
votaram a favor do pedido da defesa.
Saiba Mais:
As investigações indicam que o parlamentar recebeu cerca de
R$ 26 milhões de propina em contratos da BR Distribuidora, subsidiária da
Petrobras. Collor também foi alvo da Operação Politeia, fase da Lava Jato que
apreendeu três carros de luxo na Casa da Dinda, residência particular do ex-presidente
da República. Na ocasião, a PF recolheu uma Lamborghini, uma Ferrari e um
Porsche.
Ontem (31), a defesa do presidente da Câmara dos Deputados,
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também pediu mais 15 dias para apresentar defesa ao
Supremo. Cunha foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato.
Após o oferecimento da denúncia ao Supremo, o presidente da
Câmara e o senador Fernando Collor refutaram as denúncias. Em nota, Cunha
rebateu com “veemência” e chamou de “ilações” a denúncia apresentada por Janot.
No texto, ele se diz inocente e aliviado “já que agora o assunto passa para o
Poder Judiciário”.
Fernando Collor manifestou-se por meio das redes sociais,
classificando a denúncia de “lances espetaculosos”. ”Como um teatro, o PGR
[procurador-geral da República] encarregou-se de selecionar a ordem dos atos
para a plateia, sem nenhuma vista pela principal vítima dessa trama, que também
não teve direito a falar nos autos.”, disse.
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por acessar nosso blog, seja bem vindo, cadastre-se e participe, forte abraço GiGi fala Tudo