foto: Superior Tribunal de Justiça |
A 5ª turma do Superior Tribunal de Justiça - STJ, manteve a ação penal que apura a fraude na terceira edição do exame de ordem, investigada pela Policia Federal na Operação Tormenta em 2009.
O advogado que teve o pedido de trancamento da ação penal negado, foi denunciado pela suposta prática dos
crimes de receptação e fraude à concorrência (artigos 180 e 335 do Código
Penal), porque teria, com vários outros candidatos, comprado previamente o
resultado das provas.
Para manter a continuidade do referido processo, o colegiado entendeu que, o
trancamento de ação penal ou de inquérito policial por meio de Habeas Corpus é
medida excepcional, só admitida quando ficar provada a atipicidade da conduta,
houver causa para extinguir a punição ou a ausência de indícios de autoria ou de
provas da materialidade do delito.
Ophir Cavalcante |
Na época dos fatos, o então presidente da oab Ophir Cavalcante manifestou-se sobre o tema, solicitando que a oab estivesse a frente das investigações.
Ophir Cavalcante afirmou que, "todos os advogados envolvidos
direta ou indiretamente na fraude ocorrida na terceira edição do Exame de Ordem
2009 responderão a processo ético-disciplinar no âmbito da entidade e,
comprovado o envolvimento, serão excluídos dos quadros da OAB."
No entanto, após a decisão do STJ a oab se mantem em silencio, não se posiciona sobre o tema, o que nos causa estranheza.
Não bastasse isso, até o presente momento a oab não divulgou o nome dos profissionais envolvidos, nem mesmo se eles tiveram as carteiras caçadas ou, se continuam advogando.
O silêncio da oab sobre este assunto, deixa em descrédito a entidade que a todo momento prega a democracia, moralidade e o fim da corrupção no país, porém, mantem suas portas fechadas para estes quesitos.
Pres. oab Marcus Vinicius |
A postura adotada pela entidade, escondendo a situação dos envolvidos na Operação Tormenta, só vem reforçar os movimentos que defendem o fim do exame de ordem, demonstrando que o exame não tem a característica de avaliar os profissionais, mas tem apenas o cunho de arrecadar mais de R$ 70 milhões por ano sem qualquer fiscalização, além de possibilitar este tipo de fraude.
Não é de hoje que o exame da oab é cercado de denuncias e escândalos, no entanto, parece que o poder politico e jurídico da entidade, coloca aos seus pés os três poderes da republica que sempre se omitem de tomar uma atitude sobre o tema, enquanto milhões de bacharéis permanecem no limbo desta verdadeira reserva de mercado.
Por: Gilberto Braw
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