Cursos de medicina serão avaliados in loco em 2016, diz
ministro
O ministro Renato Janine anunciou também mudanças na avaliação dos estudantes de medicina Elza Fiuza /Agência Brasil |
De acordo com o ministro, todos os cursos da área serão
avaliados in loco em 2016. A secretária de Regulação e Supervisão da Educação
Superior do MEC, Marta Abramo, explicou que mesmo os cursos que tenham
histórico de boas notas não serão dispensados da avaliação.
Saiba Mais
Chioro: governo tem compromisso com a qualidade dos cursosde medicina
O ministério anunciou também mudanças na avaliação dos
estudantes de medicina. As avaliações serão feitas anualmente, com os alunos do
segundo, quarto e sexto ano (o último do curso). “Dada a relevância da
medicina, dado que ela está lidando com a vida das pessoas, decidimos avaliar
três vezes ao longo do curso. A nossa rigidez em termos de qualidade dos cursos
de medicina vai ser muito grande”, afirmou o ministro Renato Janine.
Outra novidade é que para cada aluno que se formar, a
instituição de ensino terá que disponibilizar uma vaga de residência. “Se temos
uma faculdade com 50 vagas e a residência é de dois anos, precisaremos ter, na
verdade, 100 vagas de residência – metade para o primeiro ano e metade para o
segundo ano”, disse o ministro. A intenção do governo, segundo o ministro, é
que todos os alunos tenham acesso à residência.
Sobre os cursos de medicina no âmbito do Programa Mais
Médicos, o Ministério da Educação aponta que o edital de 2015 tem mais de 16
mil vagas em instituições no interior do país e mais de dez mil vagas nas
capitais. “O aumento das vagas é muito grande, mas é importante ressaltar que
tudo isso se faz com qualidade”, afirmou o ministro.
De acordo com Renato Janine, um dos objetivos é
descentralizar o ensino de medicina, ampliando o número de cursos e vagas no
interior do país.
O ministro rebateu críticas feitas ontem (25) pelo Conselho
Federal de Medicina (CFM) sobre as exigências para a criação de cursos.
De acordo com o conselho, 25 escolas não atendem ao critério
de cinco leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) para cada aluno de medicina
matriculado. Segundo o ministro, a exigência é ter, na região de saúde (que
pode reunir mais de um município), pelo menos cinco leitos do SUS por aluno e
três estudantes por equipe de atenção básica, além de serviços de urgência e
emergência ou pronto-socorro, o que significa que, dentro de uma distância
razoável, onde se possa fazer o deslocamento com rapidez, pode ser utilizada a
estrutura de saúde existente na região.
Fonte: Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil
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