Motociclistas protestam contra proibição de circular nas
marginais em São Paulo
Motociclistas fazem, neste momento, um protesto pelas ruas
da capital paulista. Segundo o Sindicato dos Mensageiros Motociclistas,
Ciclistas e Mototaxistas do Estado de São Paulo (SindimotoSP), o protesto reúne
5 mil motociclistas. Eles saíram da frente da sede do sindicato por volta das
16h, na zona sul, e seguirão até a sede da prefeitura, no centro da capital.
Os motociclistas fecharam um trecho da Avenida dos
Bandeirantes e vão circular também pela Avenida 23 de Maio, passando pela Praça
João Mendes e pelas ruas Boa Vista e Líbero Badaró até chegar à prefeitura,
onde pretendem entregar uma carta de reivindicações. Depois, vão até a Câmara
Municipal, para entregar uma cópia do documento aos vereadores.
Os motociclistas reclamam da proibição das motos de circular
nas marginais [hoje esses veículos não podem circular pela Marginal Tietê, mas,
segundo os motociclistas, a proibição pode se estender à Marginal Pinheiros],
do estreitamento de faixas do trânsito nas vias públicas, da falta de bolsões
de estacionamento no centro da cidade, da redução de velocidade sem campanhas
de educação e da falta de campanhas de educação no trânsito para motociclistas.
Os motociclistas pedem a expansão dos bolsões para estacionamentos,
normatização de faixas de segurança e, sinalizadores de solo nos corredores
virtuais de circulação de motos, entre outras medidas.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do sindicato
Gilberto Almeida, disse que o objetivo do ato de hoje é reivindicar “uma
política pública da prefeitura em relação aos motociclistas de São Paulo".
“A gente precisa e pede que a prefeitura defina os espaços onde a motocicleta
tem que andar, que a prefeitura construa a faixa de segurança para as motos e que
pense antes de fazer essa política de estreitamento de faixa, que dificulta
muito a vida de quem anda de moto”, afirmou.
“Hoje faz um ano que fizemos uma manifestação contra a
prefeitura por ter tirado os corredores de moto, os únicos do país, na Rua
Vergueiro e na Avenida Sumaré. Foi criado um grupo de trabalho e, dentro dele,
nada se avançou. Nada saiu do papel. E, pelo contrário, com as futuras
proibições [de circulação] na Marginal Pinheiros e a redução da velocidade
muito brusca”, destacou Gilberto Almeida.
Em nota, a Secretaria Municipal de Transportes informa que
“está em diálogo permanente com a categoria. Um dos objetivos é garantir a
segurança dos profissionais no sistema viário da cidade”. Segundo a secretaria,
em outubro do ano passado, foi criado um grupo de trabalho para tratar de
questões envolvendo o setor de motofrete. Até o momento, foram realizadas 18
reuniões, diz a nota.
“Nesse sentido, por exemplo, somente nesta gestão, foram
criados 319 espaços do Frente Segura, áreas destinadas para motos e bicicletas
junto aos semáforos, à frente dos outros veículos, o que permite que saiam
antes, quando o sinal passa para a cor verde. Também foram instalados 88
bolsões de estacionamento para motofrete, e foram reformados 32 deles”,
acrescenta a nota.
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